O juiz da Sétima Vara Cível de Cuiabá, Yale Sabo Mendes, negou solicitação das defesas do apresentador Rodrigo Faro e da TV Record (Rádio e Televisão Record S.A) em ação movida por um cuiabano que se sentiu humilhado pelo programa. Eles figuram no polo passivo de uma ação por danos morais, materiais e estéticos movida pelo telespectador Walmor Ferreira. Eles haviam solicitado redução de honorário de uma perícia técnica que será feita em breve, mas o magistrado não considerou acatou. A decisão foi proferida no dia 11 deste mês.
Leia mais:
Selma nega pedido de suposto comparsa de João Emanuel para transferir processo para Justiça Federal
As defesas da TV Record e de Rodrigo Faro solicitavam redução do valor fixado em R$ 3 mil, a título de honorários da perícia técnica que será feita para comprovar se, de fato, o cuiabano Walmor Ferreira sofreu os danos que alega na ação, durante sua participação em um quadro “Arruma meu marido”, do programa "O Melhor do Brasil", no ano de 2011.
Considerou o magistrado que o valor sugerido “revela-se adequado e proporcional ao trabalho a ser desenvolvido, mormente em face da complexidade da perícia”, considerando também que a quantia “não destoa do patamar estabelecido em perícias da mesma natureza”. Mantendo assim os honorários em R$ 3 mil.
A perita responsável deverá agendar a perícia em até cinco dias, a partir do momento que receber em mãos a decisão, e apresentar laudo em até 30 dias.
Walmor Ferreira, autor do processo contra o apresentador da TV Record, acusa Faro de tê-lo submetido a tratamentos odontológicos abusivos durante a gravação do quadro do programa "O Melhor do Brasil".
Na determinação, o juiz indeferiu Embargo Declaratório em que a defesa do apresentador alega que há “obscuridade” na decisão em que o réu é intimado a depor na Justiça do Estado de São Paulo para esclarecer sobre o ocorrido.
Na ação que move contra a Rede Record, Walmor pretende o pagamento de danos morais e o custeio de todas as despesas relativas a um tratamento odontológico para a sua reabilitação bucal.
Segundo a peça, Walmor foi selecionado entre 800 candidatos para participar do quadro e acompanhou por nove meses as instruções encaminhadas por e-mail pelo produtor do programa. Uma das medidas, segundo a ação, era abster-se de cortar o cabelo e barba até a gravação do "O melhor do Brasil". No fim do mesmo ano, Walmor teria viajado até a cidade de São Paulo para iniciar os tratamentos estéticos e para participar do programa que seria exibido como especial de fim de ano.
Ainda conforme o autor da ação, a clínica odontológica parceira do programa extraiu 12 dentes no período de dois dias, ao invés de realizar o tratamento dentário prometido pelo produtor do quadro. Walmor teria tentado desistir de participar do programa, mas foi convencido pelos produtores a gravar, sob a alegação de que a grade de programação da TV não poderia ser alterada.
Walmor também conta que, durante a gravação do quadro, foi instruído a não fazer movimentos bruscos com a boca uma vez que a prótese dentária poderia se deslocar enquanto falava.
