O promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Carlos Roberto Zarour, afirmou que o depoimento do empresário Alan Malouf na tarde desta quarta-feira (01) pode provocar novos inquéritos dentro da Operação Rêmora.
“São fatos do desdobramento da Operação Rêmora. O fato principal ainda são as práticas de corrupção dentro da Seduc. O que ocasionou os depoimentos foi a documentação apresentada pelo Sguarezi no dia da audiência. Foi feito o compartilhamento de provas aqui com o Gaeco para verificar quais foram os envolvidos”, explicou o promotor.
Zarour explicou que na oitiva desta quarta-feira, 1, o empresário vai depor como investigado e não apenas como colaborador. As novas audiências da operação rêmora foram ocasionadas depois do chefe do Gaeco abrir mais três inquéritos no dia 10 de janeiro. As novas investigações foram provocadas pelo depoimento prestado em juízo pelo empresário Ricardo Saguarezi, acusado de pagar propina a servidores da Secretaria de Educação (Seduc-MT) para que sua empresa vencesse licitações da pasta.
No depoimento desta tarde, ao chegar à sede do Gaeco, Alan Malouf, não falou com a impresa. O empresário é apontado pelo Ministério Público Estadual como um dos beneficiários do esquema. Os valores em propinas pagos aos servidores da Seduc eram repassados a ele e para outros políticos do alto escalão do Estado, é o que afirma o próprio Malouf e o delator premiado Giovani Guizardi.
Além de Malouf, também foram ouvidos no Gaeco o ex-servidor Wander Luiz Reis. Ele, juntamente com o assessor Fábio Frigeri, compunham o núcleo de servidores do esquema. Wander não quis falar com a imprensa ao chegar no local.
Nos próximos dias quem deve prestar depoimento é o empresário Luis Fernando Silva, às 14h do próximo dia 06. No dia 08, no mesmo horário, o delator premiado Giovanni Guizardi, é que deverá ser ouvido. Guizardi e Luiz Fernando integrava o núcleo empresarial do esquema.
Veja vídeo - Promotor avalia possibilidade de novas fases da Rêmora
Veja vídeo - Advogado de Malouf diz que empresário não fará delação premiada
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