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IMPEDIMENTO

Irmão de João Emanuel afirma que juíza Selma age com vingança e interesses políticos

10 Fev 2017 - 10:53

Da Redação - Lázaro Thor Borges / Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Lázaro Moreira Lima

Lázaro Moreira Lima

"Quem que está se candidatando a política agora, quem que não sai da mídia, quem que é a pessoa que tem mais exposição dentro do judiciário?", disparou Lázaro Moreira Lima, irmão do ex-vereador João Emanuel, a respeito da juíza Selma Rosane Arruda. A declaração foi dada nesta quarta-feira (08), logo após as primeiras oitivas da ação penal decorrente da "Operação Castelo de Areia". A defesa ainda acrescentou suposição de que a magistrada haja com "vingança". As investigações apuram suposta organização criminosa composta pelo ex-presidente da Câmara de Cuiabá. A ação penal retoma suas audiências nesta sexta-feira (10). 

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Para Lázaro Lima, que também figura como réu no processo, a magistrada tem agido politicamente na ação. Em entrevista a imprensa, o defensor afirmou que a magistrada "está se candidatando a política" e procura promover sua figura na mídia. 

"Os fatos dizem por si mesmo. Quem que está se candidatando a política agora, quem que não sai da mídia, quem que é a pessoa que tem mais exposição dentro do judiciário? Alguém consegue lembrar o nome da vice-presidente do Tribunal de Justiça? Agora, todos lembram quem é a juíza que comanda os processos do João Emanuel. Isso já está absolutamente claro", comentou.

O argumento é usado pelo advogado em seu pedido de suspensão e impedimento de Selma Arruda. O pedido deve ser analisado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Em novembro do ano passado, o desembargador Orlando de Almeida Perri já havia decidido liminarmente por manter a magistrada na ação. 

"Por isso que nós protocolamos o pedido de impedimento e de suspensão. Nós respeitamos e gostamos bastante da doutora Selma, mas entendemos que neste caso específico do João há uma exacerbação. Eu não posso falar que é perseguição, mas que é muito entranho tudo isso é", completou o advogado. 

Para Lázaro, o processo tem corrido de maneira "estranha". "O ex-vereador nega que tenha “encomendado” a morte da magistrada. Para Lázaro Lima, o julgamento do caso não vem ocorrendo de maneira “linear”. “Se não se tratasse de uma vendetta, a hora que escutou que o João Emanuel não tem absolutamente nada de relação com isso, que foi tudo uma armação do cara, era para ter liberado ele. Porque que não libera? Não posso falar perseguição, mas que é muito estranho tudo que tá acontecendo, é”, disse o advogado.

Depoimentos:

Nesta quarta-feira (08), alguns empresários vítimas dos golpes foram ouvidos pelo juízo da Sétima Vara. Entre eles, o proprietário da empresa Material Forte, Gilson César do Nascimento, que afirmou ter sofrido prejuízo de 40 mil dólares por conta de falso investimento proposto pela quadrilha. 

Em contrapartida as declarações, o advogado de João Emanuel afirma que a testemunha apenas "se sentiu ofendido" e inventou algumas informações que foram levadas a Justiça. Em sua fala, o advogado também lembrou que o empresário falou que nada foi tratado diretamente com o seu cliente e ex-vereador: 

"Ele inventou muita coisa da cabeça dele. Ficou absolutamente demonstrado que não houve nenhum tipo de prejuízo. Não tem absolutamente nada do João, o que ele recebeu foi mensagens de outro, da outra pessoa, do João não tem absolutamente nada, zero", reafirmou.
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