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JUSTIÇA FEDERAL

Ex-secretário Eder Moraes tem interrogatório adiado por abalo psicológico após morte do pai

09 Fev 2017 - 10:30

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Eder de Moraes Dias

Eder de Moraes Dias

A defesa do ex-secretário de Fazenda Eder de Moraes Dias obteve decisão favorável e conseguiu adiar para o dia 02 de março o interrogatório que ocorreria na tarde de hoje (09). O magistrado Jeferson Schneider, da Quinta Vara Federal em Mato Grosso acolheu o argumento de que o réu não possui no momento condições psicológicas para ser ouvido, devido ao falecimento de seu pai, Alcides Oliveira Dias, no último dia 06.

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“O fato da morte do genitor do Defendente acontecer às vésperas da audiência, certamente causará diversos prejuízos e transtornos a sua defesa, comprometendo-a neste momento, ainda mais por uma questão notória de abalo psicológico, ao menos esta semana”, alegou o advogado Ricardo Spinelli em seu requerimento, assinado nesta segunda-feira (06), data em que faleceu o pai de Eder.

Pai do ex-secretário, Alcides Oliveira Dias, foi sepultado no Parque Bom Jesus de Cuiabá. Ele morreu aos 80 anos em decorrência de complicações cardíacas e insuficiência renal. Estava na UTI do Hospital Jardim Cuiabá. 

Nesta ação, Eder de Moraes Dias é acusado de cometer crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. O ato criminoso fora descoberto no âmbito da “Operação Ararath” em que o réu responde em diversas outras ações penais.

Em duas delas o ex-secretário já fora condenado, totalizando 81 anos de prisão. O magistrado Jeferson Schneider o condenou em uma ação a 69 anos e em outra, a 12 anos de prisão. Nesta última Eder ainda foi condenado a devolver, junto com o ex-secretário adjunto, Vivaldo Lopes, a quantia de R$ 520 mil aos cofres públicos.

A “Operação Ararath” versa sobre um complexo esquema de lavagem de dinheiro - cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões ao longo de seis anos – para o financiamento de interesses políticos no estado.

A operação também apura a realização de pagamentos ilegais, por parte do Governo de Mato Grosso, para empreiteiras. Além do desvio desses recursos em favor de agentes públicos e empresários, utilizando instituição financeira clandestina.

Durante as investigações, a PF descobriu um esquema de lavagem por meio de empresas de ‘factoring’ e combustíveis comandadas pelo empresário Júnior Mendonça. Uma lista apreendida aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos. 
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