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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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AÇÃO RETOMA HOJE

"Famílias perderam seu ganha pão", diz promotor sobre supostas fraudes de João Emanuel

10 Fev 2017 - 10:49

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Ex-vereador João Emanuel

Ex-vereador João Emanuel

A Sétima Vara Criminal retoma às 13h30 desta sexta-feira (10) a audiência de instrução e julgamento da ação penal oriunda da “Operação Castelo de Areia” que tem como réu o ex-vereador de Cuiabá, João Moreira Lima. Serão ouvidas três vítimas do suposto esquema criminoso trazidas pelo Ministério Público Estadual (MPE). Para o promotor Samuel Frungilo, que atua nesta ação, o político foi responsável por levar crise às empresas da região, demissão de funcionários e a retirada do ganha pão de muitas famílias. 

Serão ouvidas hoje as vítimas Alexandre da Silva Galindo, Assan Fouad Salim e Diogo Santana Souza.  

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Para o promotor o Grupo de Atuação em Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Samuel Frungilo o processo corre como esperado. Adiante, ele lamenta os prejuízos à sociedade que o esquema trouxe. “As vítimas estão confirmando aquilo que foi apurado na fase de investigação e confirmando o teor da denúncia, que essa organização criminosa fez muitas vítimas, empresários. Os valores eram vultosos, além de outras consequências, ora, a ação dos réus causaram a perda do emprego de muitas pessoas. Por conta do golpe sofrido, muitas empresas tiveram que demitir seus funcionários e muitas famílias perderam seu ganha pão. A criminalidade gera muitas consequências”.

No último dia 08, foi ouvida a vítima Gilson César do Nascimento, empresário que relatou ter sido vítima de um dos golpes aplicados pelo grupo criminoso. O empresário contou que no ano de 2015 foi atraído pela proposta de um grupo empresarial que realizava projetos de capital de giro para investimentos. Como sua empresa passava por crise financeira, acabou aceitando a ideia. “Era um financiamento em dólar, com juros e tudo o mais”, relata a vítima.

Os recursos dos empréstimos, segundo os golpistas teriam dito a ele, seriam oriundos de um banco chinês. Para um investimento de cerca de 4 milhões de dólares, 200 mil dólares em seis cheques foram oferecidos como fiança. Apenas dois cheques de 20 mil foram descontados, os demais não foram descontados, pois foram sustados. O prejuízo do empresário, segundo seu próprio relato, soma 40 mil dólares.

A operação “Castelo de Areia” foi deflagrada pela Polícia Civil no dia 26 de setembro de 2016, a para cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, sete buscas e apreensão e uma condução coercitiva. Entre os alvos figura o ex-vereador e presidente da  Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima, acusado por aplicar golpes com contratos de até R$ 1 bilhão.

“Descobrimos que este grupo oferecia empréstimos a juros baixos, vendendo ‘fumaça’ para estes clientes, dizendo que os juros vinham de bancos do exterior. As vítimas acabavam acreditando, já que a empresa era bem montada. Com as buscas, descobrimos que o prejuízo pode ser imensamente maior que isto”, explicou o Stringuetta, durante entrevista coletiva concedida na data das prisões.

Além de João Emanuel, que está em prisão domiciliar, também foram detidos Shirlei Matsucka e Walter Magalhães Junior, Marcelo de Melo Costa, Lázaro Roberto Moreira Lima (condução coercitiva) e Evandro José Goulart. 
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