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Audiência de Custódia

Irritado, Faiad cita que operação visa barrar anulação no STJ e considera prisão “ato político”

14 Fev 2017 - 17:08

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Irritado, Faiad cita que operação visa barrar anulação no STJ e considera prisão “ato político”
O advogado e ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, Francisco Faiad, se irritou no fim da audiência de custódia dos presos da quinta fase da ‘Operação Sodoma’, citou que a operação visa barrar anulação da operação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e considerou a prisão um “ato político”. Faiad é acusado de utilizar R$ 1,7 milhão para pagar dívida de campanha eleitoral, quando foi candidato a vice-prefeito por Cuiabá.

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Irritado, o ex-secretário disse que a operação de hoje visa forçar Superior Tribunal de Justiça (STJ) à não anular a Sodoma, o que acarretaria na soltura de todos os presos das cinco fases da operação. Faiad também considerou a sua prisão um ato político e uma decisão "absurda". André Jacob, do tribunal de prerrogativas, insiste que se necessário for irá até ao STJ para resguardar o direito de Faiad ir para prisão domiciliar ou Corpo de Bombeiros.
 
Isso porque a juíza Selma Arruda negou que o ex-secretário fosse encaminhado ao Corpo de Bombeiros, já que não existe uma Sala de Estado Maior, em Mato Grosso. A magistrada afirma que esteve presente na sede do Corpo de Bombeiros e lá constatou se tratar de um local inseguro tanto para custodiados quanto para funcionários que lá atuam.
 
A defesa do ex-secretário alegou também que ele sofre de diabetes e de uma síndrome que exige medicamentos importantes. Porém, Selma Arruda entendeu que as alegações das doenças sofridas pelo acusado também não são motivos suficientes para a revogação da prisão. “Trata-se de pessoa que faz uso de medicamentos, mas que não necessita de internação”, considerou a magistrada.
 
Investigação
 
Segundo a Polícia Civil apurou, as empresas foram utilizadas pela organização criminosa, investigada na operação Sodoma, para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de Administração (Sad) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana  (Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).
 
As duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato Grosso, em licitações fraudadas. Com o dinheiro desviado efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 8,1 milhões.
 
Confira a lista dos mandados da Sodoma V:
 
Prisões Preventivas
 
Silval da Cunha Barbosa
Sílvio César Corrêa de Araújo
José de Jesus Nunes Cordeiro
Francisco Anis Faiad
Valdísio Juliano Viriato

 
Conduções Coercitivas
 
Francisco Gomes de Andrade Lima Filho
Marcel Souza de Cursi
Arnaldo Alves de Souza Neto
Lúdio Frank Mendes Cabral
Wanderley Fachetti Torres
Rafael Yamada Torres
Diego Pereira Marconi
Valdecir Cardoso de Almeida
Wilson Luiz Soares Pereira
Mário Balbino Lemes Júnior

 
Busca e Apreensão
 
Condomínio Alpha Garden, Bairro Rodoviária Parque, Cuiabá (Faiad)
Edifício Terceiro Milênio, bairro Centro, Balneário Camboriú - SC (Valdisio)
Edifício Avangard Exclusive House, bairro Centro, Balneário Camboriú -SC (Valdisio)
Edifício Villa Serena Home Club, bairro Centro, Balneário Camboriú - SC (Valdisio)
Edifício Village do Boa, bairro Boa Esperança, Cuiabá (Ludio)
Edifício Ravena, bairro Centro, Várzea Grande (Wanderley)
Edifício American Park, bairro Jardim das Américas, Cuiabá (Wanderley)
Apartamento na rua Delfim Mário de Pádua Peixoto, Praia Brava, Itajaí - SC (Wanderley)
Condomínio Vila Residente, Parque George, Cuiabá (Diego)
Casa, no bairro CPA IV, Cuiabá (Valdecir)
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