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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Balneário Camboriú

Empresário preso em SC ostenta vida de luxo incompatível com renda e tem 3 apartamentos na praia

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Empresário preso em SC ostenta vida de luxo incompatível com renda e tem 3 apartamentos na praia
O empresário Valdísio Juliano Viriato, uma das cinco pessoas que tiveram a prisão preventiva decretada na quinta fase da ‘Operação Sodoma’, deflagrada na última terça-feira (14), ostentativa uma vida de luxo incompatível com a sua renda. Isso foi o que apontou o Ministério Público Estadual (MPE) nas investigações que levaram a detenção do acusado em Santa Catarina.

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Segundo a denúncia, “o que preocupa o juízo, é a notícia trazida pelo Ministério Público de que a equipe de inteligência da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, constatou que Valdísio Viriato mantém em Balneário Camboriú (SC) um alto padrão de vida, bastante incompatível com o salário que recebia na condição de secretário adjunto em Mato Grosso, o que aumenta, ainda mais, a suspeita que esteja manipulando recursos obtidos de forma ilegal neste Estado”.
 
O MPE também entende que o empresário se mudou para Santa Catarina, após o fim do mandato do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), para “dissimular o alto padrão de vida que lhe rendeu esses anos de desvios de dinheiro público. Longe, fora do alcance do Judiciário, poderá facilmente evadir-se e livrar-se da aplicação da lei penal”.
 
“Ponto que merece atenção é o fato de que, logo após o término da gestão composta pelos membros da organização criminosa, este investigado tratou de se evadir do distrito da culpa. Com efeito, mudou-se para o Estado de Santa Catarina, onde recentemente passou a administrar a empresa BVPX Camboriú Ltda”, ressalta a denúncia.
 
Preso em Santa Catarina, Valdísio chegou por volta das 16 horas da última quarta-feira no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). Ele seguiu para o Instituto Médico legal (IML), onde fez exame de corpo de delito. Depois, foi encaminhado para a prisão.
 
Valdísio teve o mandado de prisão preventiva cumprido em Balneário Camboriu, em Santa Catarina. A Polícia Judiciária Civil (PJC) também fez buscas em três apartamentos do empresário, também localizados na mesma cidade. Ele chegou em um voo da Gol, que saiu de Navegantes (SC), fez escala em Congonhas (SP) e pousou em Cuiabá. O investigado não deu nenhuma declaração em sua saída do terminal mato-grossense.
 
O empresário é apontado como dono das empresas KV Energia LTDA, BVPX Automotiva LTDA, BVPX Camboriú LTDA e Emavi Investimentos e Participações S.A.. Além disto, também seria o proprietário de três apartamentos de luxo, próximo a praia, no Centro de Balneário Camboriú (SC).
 
Investigação
 
Segundo a Polícia Civil apurou, as empresas foram utilizadas pela organização criminosa, investigada na operação Sodoma, para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de Administração (Sad) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana  (Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).
 
As duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato Grosso, em licitações fraudadas. Com o dinheiro desviado efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 8,1 milhões.
 
A investigação revela ainda que a partir de outubro de 2011, por determinação de Silval Barbosa, Juliano Volpato passou a efetuar um pagamento mensal de propina, sendo que o primeiro foi de R$ 150 mil  já que César Zilio teria exigido o pagamento de R$ 70 mil desde a vigência do contrato.
 
"Esclarece Juliano Volpato que teria solicitado a Cesar Zilio o pagamento parcelado da propina "acumulada", o que foi prontamente negado por César Zilio com a argumentação de que ali não era "Casas Bahia" e que toda a 'quantia deveria ser paga de uma só vez.
 
O esquema desvendado durante a 5ª fase da Sodoma aponta o direcionamento de licitações, além do contrato de empresas para o fornecimento de 29 milhões de litros de combustível para o Executivo. No entanto, havia a manipulação do sistema de inserção de dados quanto ao consumo e valores a serem debitados.
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