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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Sodoma

Sakamoto devolve Habeas Corpus de Faiad sem analisar e pede redistribuição

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Sakamoto devolve Habeas Corpus de Faiad sem analisar e pede redistribuição
O desembargador Pedro Sakamoto devolveu no fim da tarde desta quinta-feira (17) sem apreciar o habeas corpus impetrada pela defesa de Fracisco Faiad (PMDB), preso desde terça-feira (14) na quinta fase da Operação Sodoma. O entendimento do magistrado de é de que a peça precisa ser analisada pelo desembargador Alberto Ferreira Souza, relator prevento da Sodoma.

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No HC, protocolizado horas depois da prisão do ex-secretário de Administração, os advogados criticam a juíza da 7º Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, e ironizam a argumentação presente no decreto de prisão. Na visão da defesa de Faiad, a juíza determinou a prisão pelo simples fato do ex-secretário de Estado de Administração ser advogado criminalista e atuar em causas de figuras que pertenciam ao alto escalão político do Estado, como é o caso de SIlval Barbosa.

A magistrada alega que o fato de Faiad ser advogado possibilitaria que ele tivesse acesso a informações sigilosa e atrapalhasse as investigações. Além disso, ela o considerada responsável por operar o esquema e ter causado um prejuízo de R$ 8,1 milhões ao Estado.

Para respaldar o decreto de prisão, o  Ministério Público apontou que Francisco Faiad tem destaque e influência no meio empresarial, uma vez que ocupou o cargo de presidente da OAB/MT nos anos de 2003 a 2009, e aparece como sócio de várias empresas, como por exemplo: Easy Drive Desenvolvimento de Sistemas Ltda., Ecovillage Construtora e Incorporadora Ltda. e Dom Bosco Eventos e Participações Ltda.

Entenda o esquema:

Os suspeitos são investigados em fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos celebrados entre as empresas Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática  LTDA, nos anos de 2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.

Segundo a Polícia Civil apurou, as empresas foram utilizadas pela organização criminosa, investigada na operação Sodoma, para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de Administração (Sad) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana  (Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).

As duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato Grosso, em licitações fraudadas. Com o dinheiro desviado efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 8 milhões.

Atualizada ás 18h03

 
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