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ARCA DE NOÉ

Testemunhas prestam depoimento contra José Riva; ex-deputado é interrogado esta semana

22 Fev 2017 - 14:32

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

José Geraldo Riva

José Geraldo Riva

A Sétima Vara Criminal retomou na manhã desta quarta-feira (22) as ações penais oriundas da “Operação Arca de Noé”, que julga o ex-deputado Estadual José Geraldo Riva por supostos desvios de recursos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Quatro testemunhas de acusação foram ouvidas na manhã de hoje. O procedimento desembocará no aguardado interrogatório do político, às 13h30 desta sexta-feira (24).
 
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O Ministério Público Estadual (MPE) arrolou para serem ouvidas hoje as pessoas de Maria da Glória Garcia Silveira, Roberta dos Santos Cruz, Gustavo Thiago da Silva Albino e Celio Carlos dos Santos. Eles prestaram depoimento sem a presença de José Riva, que decidiu se ausentar da audiência. Ele será interrogado na tarde de sexta-feira (24) e conforme informou o advogado de Riva, Rodrigo Mudrovitsch, o réu deverá confessar seus crimes e ajudar na instrução da ação penal.

A “Operação Arca de Noé” investigou e denunciou uma organização criminosa chefiada pelo ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Riva foi arrolado em várias ações sobre suposta lavagem de dinheiro na Assembleia Legislativa. Conforme os autos, as factorings de Arcanjo eram usadas para desviar recursos públicos.

Em fevereiro do ano passado, Riva admitiu possível existência de irregularidades na AL. “Pode até haver irregularidades”, mas disse, à época, não crer que tenham desviado a cifra de R$ 100 milhões, que o MPE aponta. 

Afirmou que era prática comum, naquela casa, a emissão de cheques pré-datados para pagamentos a empresas e que eventualmente eles caiam em mãos de factorings. Admitiu relações pessoais com João Arcanjo Ribeiro e que já descontou cheques de madeireiras na Piran Factoring, também que tinha relação pessoal com a Confiança Factoring. “Era muito comum a gente pegar cheques de terceiros e trocar na Confiança”, afirmou Riva. 

Alegou na ocasião que grande parte dos funcionários da AL recorriam aos serviços. “Não era menos de 30% dos funcionários da Assembleia Legislativa que pegavam empréstimo com Arcanjo”.

Segundo a magistrada Selma Rosane Arruda, o reinterrogatório ocorre a pedido do Ministério Público Estadual (MPE) que pontuou que o réu confessou “práticas delitivas naqueles autos e atribuiu responsabilidade criminal aos demais acusados”. Na última ocasião de 30 de novembro, Riva foi ouvido separadamente. Desta vez, deverá incriminá-los na presença dos próprios, os réus Guilherme Da Costa Garcia, Luiz Eugenio De Godoy, Geraldo Lauro, José Quirino Pereira, Joel Quirino Pereira, Varney Figueiredo de Lima e Nilson Roberto Teixeira.
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