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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Mato Grosso

Justiça interdita ‘hospital espiritual’ por suposto estelionato; suspeitos lucraram mais de R$ 8 milhões em um ano

Foto: Acontece News

Justiça interdita ‘hospital espiritual’ por suposto estelionato; suspeitos lucraram mais de R$ 8 milhões em um ano
Um processo para apurar as informações sobre práticas de curas, consultas e cirurgias espirituais, mediante cobrança de valores e ou doação espontânea, em um “hospital espiritual”, localizado no município de Nova Ubiratã (394 Km de Cuiabá), foi instaurado pelo Ministério Público Estadual (MPE). Uma equipe do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu mandados de busca e apreensão no local.

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Conforme as investigações, Flávio Ferreira Teixeira, Sabino Maggioni e Hilário Bosin apenas buscam o lucro, pois dão preferência a ‘pacientes’ com maior poder aquisitivo. Em alguns casos, o procedimento chega a custar R$ 17 mil. Flávio e Sabino atendem pessoas, efetuam consultas, prescrevem e ministram medicações sem nenhuma comprovação cientifica de resultados ou contraindicações.
 
No relatório elaborado pela Gaeco, conclui-se que Sabino e Flávio comandam o esquema para ludibriar as pessoas movidas por sua fé e crenças. Os acusados alegam que sobrevivem de doações. Porém, os pacientes são informados na recepção do suposto hospital que a consulta tem o valor de R$ 100. Quando o valor é recebido, as vítimas têm de assinar um caderno, onde afirmam que o montante é uma doação.
 
Ao todo, são cerca de 200 consultas por dia, ao valor de R$ 100 cada. Sendo assim, somente em 2016, os acusados teriam lucrado cerca de R$ 8 milhões, isso sem o valor recebido através de cirurgias. “Aduz que a prática realizada pelos requeridos se constitui em crimes, dentre os quais se destacam o de estelionato, curandeirismo, bem como exploram a ingenuidade, crença das pessoas simples, iludindo-as de que serão curadas e estão exercendo ilegalidade da medicina”, diz o juiz da comarca de Nova Ubiratã que recebeu a denúncia do MPE.
 
Uma liminar foi concedida e o local foi interditado. Também foi determinada busca e apreensão de documentos, dinheiro em espécie, materiais utilizados nas atividades e qualquer outro elemento que sirva de prova e que seja decretada a quebra de sigilo bancário dos réus, bloqueio de bens e valores pertencentes aos requeridos.
 
Uma arma de fogo também foi encontrada na residência de Sabino Maggioni. 
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