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TJ mantém preso empresário acusado de matar funcionário para receber R$ 2 mi de seguro

07 Mar 2017 - 16:32

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Varlei Cordova/AgoraMT

Suposto mandante do crime.

Suposto mandante do crime.

A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve a prisão preventiva de Fábio Sérgio Vitor, empresário acusado matar o funcionário Paulo Sander Alves, de 20 anos, para tentar receber indenização de seguro de R$ 2 milhões contratado em seu nome.

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De acordo com a acusação, o empresário “teria contratado um seguro milionário em favor de um funcionário e, posteriormente, planejado ceifar a vida dele para se beneficiar da apólice cuja beneficiária majoritária era sua esposa, situações, essas, indicadoras da necessidade de sua segregação para a garantia da ordem pública”.
 
Para o réu, restaram inaplicáveis quaisquer das medidas cautelares alternativas à prisão. Conforme a denúncia, o acusado teria engendrado o homicídio do funcionário de forma premeditada.
 
A manutenção da prisão preventiva é extremamente necessária, considerou o juízo, pois “a gravidade concreta da sua conduta delitiva que retrata periculosidade em decorrência do modus operandi audaz e gravoso supostamente empregado por ele”.

Entenda o Caso:

À época dos fatos, a delegada Karla Cristina Peixoto Ferraz explicou que Paulo Alves trabalhava há 4 meses na empresa do casal Fábio Sérgio Vitor e Valéria Gonçalves Teixeira, denominada Guincho Brasil Resgate. Ele foi morta a tiros dentro do estabelecimento. No dia do crime, 23 de fevereiro de 2016, a vítima estava de folga e foi chamada no Guincho para resolver alguma coisa. Nesse dia ela recebeu uma ligação para ir à empresa e chegando lá um terceiro suspeito abriu o portão para o executor.

A delegada afirmou que o casal é o mandante do crime. Na ocasião da operação, durante as buscas, na casa do casal, um apartamento no bairro Vila Aurora, os policiais apreenderam um revólver calibre 38. Em outra casa, que pertence a um funcionário da empresa, os policiais encontraram outro revólver calibre 32. O funcionário foi autuado posse irregular de arma de fogo e liberado mediante pagamento de fiança. As demais buscas foram feitas na empresa, escritório e outras casas de empregados.

O alto valor do seguro, feita pelos patrões da vítima, foi o que chamou a atenção da polícia. Isso porque a maioria dos funcionários da empresa sequer tem registro de carteira. Nem mesmo os de confiança tinham esse benefício.
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