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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Denúncia oferecida

MPE aponta que organização criminosa de Silval Barbosa continua ativa e manipulando ganhos ilícitos

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

MPE aponta que organização criminosa de Silval Barbosa continua ativa e manipulando ganhos ilícitos
O Ministério Público Estadual (MPE) apontou que a organização criminosa, que seria chefiada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), ainda continua ativa para cobrar o pacto de silêncio instaurado pelo bando e manipular os ganhos ilícitos arrecadados. As ações, conforme o órgão, provocaram prejuízo a toda a população mato-grossense e foram guiadas por interesses escusos e egoísticos em prejuízo ao interesse público.

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Conforme a denúncia do MPE, “restou demonstrado que a organização criminosa agiu de forma perene durante toda a gestão de Silval Barbosa, com indícios de que ainda se mantêm ativa para cobrar o pacto de autoproteção e, manipular os ganhos ilícitos arrecadados, especialmente na etapa da integração do capital que ocultou e/ou dissimulou”.
 
Isso vem de encontro com o que havia sido levantado pela investigação, de que os membros da organização criminosa teriam ameaçado alguns dos colaboradores, para que eles não fizessem delação. Em uma das frases intimidadoras, os acusados diziam que quem entregasse o esquema iria amanhecer com “a boca cheia de formiga”.
 
A denúncia ainda aponta que as ações do grupo criminoso “provocaram prejuízo a toda a população mato-grossense, atuando em diversas frentes, além das já delineadas nas ações penais referenciadas e nesta, ora proposta, sempre violando aos princípios da administração pública, guiada por interesses escusos e egoísticos em prejuízo ao interesse público”.
 
A Secretaria de Administração (SAD) era vista como “menina dos olhos” da organização criminosa. Isso porque a pasta era de extrema importância, conforme as investigações, para o sucesso de vários dos esquemas do grupo.
 
Operação Sodoma 4
 
O Ministério Público de Mato Grosso, ofereceu na segunda-feira (13), mais uma denúncia relacionada à Operação Sodoma. Desta vez, foram denunciadas 17 pessoas. Francisco Faiad que na época dos fatos exercia o cargo de secretário de Administração; e Valdísio Juliano Viriato, que ocupou o cargo de secretário adjunto de Transporte e Pavimentação Urbana. A mais recente fase da operaçãp da Delegacia Fazendária de Mato Grosso foi realizada na data de 14 de fevereiro.  Os crimes denunciados versam sobre corrupção passiva, concussão, fraude à licitação, peculato, organização criminosa.
 
O MP pede ainda que seja reconhecido o valor de R$8,1 mi devidamente corrigido, sendo que: R$3.050.000,00 a título de perdimento pois produto de crime e R$5.132.500,00 (cinco milhões, cento e trinta e dois mil e quinhentos reais) a título de reparação do dano causado ao erário.
 
O Ministério Público destaca que nesta fase da operação foi apurado que a organização criminosa solicitou e recebeu vantagem indevida  de R$ 3,05 milhões entre outubro de 2011 a dezembro de 2014, da empresa Marmeleiro Auto Posto Ltda. Em contrapartida, foram fraudados três pregões presenciais que viabilizaram a permanência da referida empresa na condição de fornecedora de combustível para o abastecimento de toda a frota do Poder Executivo Estadual.
 
Foram constatados, ainda, desvios de dinheiro público junto a Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana no valor aproximado de R$ 5,1 milhões, no período de fevereiro de 2013 a outubro de 2014, mediante a prática fraudulenta de inserções fictícias de consumo de combustível por meio do sistema eletrônico de gestão de abastecimento que era gerido pela empresa Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda.
 
Além dos dois, também foram denunciados Silval da Cunha Barbosa, Pedro Jamil Nadaf, Marcel Souza de Cursi, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Sílvio Cezar Corrêa Araújo, José de Jesus Nunes Cordeiro, César Roberto Zílio, Pedro Elias Domingos de Mello, Rodrigo da Cunha Barbosa, Arnaldo Alves de Souza Neto, Karla Cecília de Oliveira Cintra, Juliano Cezar Volpato, Edézio Corrêa, Alaor Alvelos Zeferino de Paula e Diego Pereira Marconi.
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