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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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NADA A TEMER

Maggi garante que não recebeu doação da Odebrecht e assegura estar com a consciência tranquila

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Maggi garante que não recebeu doação da Odebrecht e assegura estar com a consciência tranquila
Tratado como o peixe ‘mais graúdo’ depois do presidente Michel Temer (PMDB), o ministro da Agricultura e Abastecimento, senador mato-grossnse Blairo Maggi (PP), assegurou em nota que nunca recebeu dinheiro da Construtora Odebrechet para suas campanhas eleitorais e que está com a consciência tranquila. 
 
“Lamento que meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para me defender”, observou ele, ex-governador de Mato Grosso por dois mandatos (2003-10), eleito para o Senado da República em 2010 e ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Michel Temer desde maio do ano passado.

Leia Mais:
- Blairo Maggi será investigado por receber R$ 12 milhões da Odebrecht em 2006

- Supremo Tribunal Federal determina abertura de inquérito contra Blairo na operação Lava Jato
 
“Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado”, argumentou Maggi.
 
Na nota, ele divide sua rsposta em três itens, como forma de elucidar os fatos que supostamente embasaram o  ministro  Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a autorizar a abertura de inquérito para investigá-lo.
 
“Gostaria de esclarecer que: 1 – Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais; 2 – Não tenho ou tive qualquer relação com a empresa ou os seus dirigentes. 3 – Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado”, justificou ele, em sua nota.
 
Entenda o caso
 
Edson Fachin mandou abrir inquérito contra  Maggi, que é suspeito de ser o destinatário de um pagamento de R$ 12 milhões durante sua campanha à reeleição ao governo de Mato Grosso, em 2006, de acordo com delatores da Odebrecht.  
 
O pedido de investigação determinado pelo ministro Edson Fachin foi tomado após análise da denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O Ministério Público Federal fez a solicitação com base nas delações de ex-executivos da Odebrecht. Fachin autorizou inquéritos para investigar nove  ministros, 29 senadores, 42 deputados e três governadores.
 
Blairo Maggi foi citado pelos delatores João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto. No relato para o MPF, ele afirma que Maggi teria recebido R$ 12 milhões durante campanha em 2006 ao governo de Mato Grosso. Os pagamentos foram registrados no Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.
 
O delatores garantem que o ministro tinha o apelido de "Caldo" dentro do sistema de propinas da empresa. O Grupo Odebrecht detinha créditos em relação aos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, decorrentes de obras públicas. Entretanto, não conseguiam receber porque os valores não eram honrados por causa da falta de verba nos estados.
 
Os delatores citam que um "agente público estadual" de Mato Grosso teria solicitado pagamento de "vantagem indevida" para ajudar no recebimento dos créditos. De acordo com os relatores, os valores recebidos seriam repassados, a pretexto de contribuição eleitoral, em favor da campanha de reeleição de Maggi.
 
  
A íntegra da nota de Blairo Maggi abaixo:

"Lamento que meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado. Mesmo assim, gostaria de esclarecer que: 1. Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais; 2. Não tenho ou tive qualquer relação com a empresa ou os seus dirigentes. 3. Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado."
 
Blairo Maggi
 
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