Olhar Jurídico

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Criminal

LAVA JATO

Eder nega ligação com Odebrecht em suposta arrecadação de R$ 12 milhões para Maggi

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Eder nega ligação com Odebrecht em suposta arrecadação de R$ 12 milhões para Maggi
O ex-secretário de Fazenda Eder Moraes Dias, acusado de angariar R$ 12 milhões da construtora Odebrecht para a campanha de Blairo Maggi ao governo em 2006, afirma não ter contato com executivos responsáveis pelas delações na operação Lava Jato.

Leia Mais 
Maggi garante que não recebeu doação da Odebrecht e assegura estar com a consciência tranquila


Em nota, o advogado Ricardo Spinelli, responsável pela defesa do acusado, afirmou que “à época, Eder não exercia cargo de secretário de Estado, mas sim de presidente do MT Fomento e que não possuía poder para tratar de assuntos ligados à arrecadação de campanha”.
 
Um inquérito da Lava Jato afirma que Maggi teria recebido, conforme delação premiada de ex-membros da construtora Odebrecht, R$ 12 milhões para a campanha ao governo em 2006.
 
Ricardo Spinelli  afirma ainda que “O cliente nega as acusações, sendo que recebeu a notícia com surpresa, uma vez que jamais teria tido contato com executivos da Odebrecht e também porque não exerceu qualquer atividade na campanha eleitoral de Blairo Maggi, em 2006”. O ex-secretário salientou ainda que aguarda notificação formal para se inteirar melhor da acusação e dos elementos dos autos.
 
Assim como Eder, em nota, Blairo lamentou as acusações e disse que causa constrangimento ter a honra e dignidade maculadas.

Maggi e Eder foram citados nas colaborações firmadas por João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto, membros da diretoria da construtora.

Os repasses, conforme delações, eram implementados por meio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.
 
Na lista suja, o ex-governador aparece com o apelido de “Caldo”. Além de Maggi (Caldo), José Orcírio Miranda dos Santos, candidato ao governo do estado do Mato Grosso do Sul, também no ano de 2006, é citado pelos mesmo diretores.
 
Blairo Maggi passou a ser alvo de inquérito por, supostamente, “Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”. Ainda conforme o Ministério Público, o político pode ser enquadrado por “ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal”.

Ao total, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou a abertura de inquérito contra nove ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes das duas Casas.
 
O grupo faz parte do total de 108 alvos dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, todos com foro privilegiado no STF.
 
Também serão investigados no Supremo um ministro do Tribunal de Contas da União, três governadores e 24 outros políticos e autoridades que, apesar de não terem foro no tribunal, estão relacionadas aos fatos narrados pelos colaboradores.

A íntegra da nota de Blairo Maggi abaixo:

"Lamento que meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado. Mesmo assim, gostaria de esclarecer que: 1. Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais; 2. Não tenho ou tive qualquer relação com a empresa ou os seus dirigentes. 3. Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado."
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet