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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Silval nega delação premiada, mas promete confessar crimes: “assumirei minhas responsabilidades”

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Silval nega delação premiada, mas promete confessar crimes: “assumirei minhas responsabilidades”
O ex-governador Silval da Cunha Barbosa, preso desde o dia 17 de setembro de 2015, negou que esteja em processo de delação premiada com a Justiça de Mato Grosso. Apesar de negar, o antigo chefe do Executivo estadual garantiu que irá confessar seus crimes: “assumirei minhas responsabilidades”. A nova postura, segundo o próprio ex-governador, será estabelecida após quase dois anos de prisão preventiva em conseguência da Operação Sodoma.
 
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As afirmações de Silval foram emitidas através de uma nota escrita e assinada pelo ex-governador. O documento foi veiculado no fim da noite de sábado (22). Com a “nova postura”, o ex-governador acaba com as especulações de uma delação premiada.

O advogado Délio Lins e Silva, conhecido por atuar em delações na Operação Lava Jato, assumiu a defesa de Barbosa. Conforme informado pelo escritório do jurista, Délio permanece em Cuiabá até a próxima segunda-feira (24).
 
 O ex-governador busca contribuir com o processo para ser beneficiado, podendo deixar o Centro de Custódia de Cuiabá, onde está detido preventivamente desde o dia 17 de setembro de 2015.
 
Na Lava Jato, Délio atuou defendendo O ex-chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral, Diogo Ferreia. A atuação do jurista garantiu a homologação de um acordo premiado no dia 14 de abril, pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.
 
O histórico de Délio inclui ainda a defesa de Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do extinto Partido Liberal (PL), envolvido no escândalo do Mensalão.
 
No caso, Jacinto foi condenado, mas teve pena extinta devido à atuação da defesa. Ao condenar o ex-tesoureiro do PL, o Supremo entendeu que ele sacou R$ 1 milhão do Banco Rural para repassar ao partido. O dinheiro, conforme o tribunal, foi usado para compra de apoio político no Congresso nos primeiros anos do governo Lula.

A Sodoma, que prendeu Silval Barbosa, foi deflagrado no dia 15 de setembro de 2015 pela Delegacia Fazendária (Defaz), com apoio das demais unidades especializadas da Polícia Civil, além de toda a estrutura da Secretaria de Segurança Pública especializada da área de Inteligência, do Laboratório de Combate a Lavagem de Dinheiro e o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).
 
A operação apontou, em momento inicial, um suposto esquema criminoso no Governo de Mato Grosso, que atuaria fraudando concessões de incentivos fiscais. Em momento posterior, a mesma operação desvendou fraudes em desapropriações e vendas de terrenos em Cuiabá.

Os advogados que atuavam na defesa do ex-governador tentaram de várias formas a reversão da prisão. Um pedido de anulação da Operação chegou a ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, porém, sem o efeito esperado.

Entre os nomes envolvidos na Sodoma, além de Silval, constam os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf, Marcel de Cursi. A possível delação de Silval, caso acatada pela Justiça, poderá causar grande impacto na política de Mato Grosso.

Confira a nota:



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