O porteiro Sebastião Farias, que foi usado como laranja do empresário do ramo de factoring Filinto Muller, contou nesta segunda-feira (24) à imprensa, no Fórum da Capital, que recebia cerca de R$ 1 mil por mês para que assinasse documentos de natureza desconhecida. O dinheiro era utilizado para pagar o tratamento de sua mãe que sofria de câncer. Por outro lado, as assinaturas do então pedreiro, teriam servido para movimentações financeiras ilícitas no esquema da "Operação Sodoma 4".
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“Eu fui ajudar ele (Fillinto Muller), como o nome dele estava sob restrição nós combinamos uma troca de favores já que a minha mãe estava com câncer. Ele me ajudava para eu ajudar minha mãe, com gastos só em remédio”, afirmou o trabalhador à imprensa.
Os fatos remetem às investigações da Operação Sodoma 4, que investigou desvio de dinheiro por meio da compra ilegal de um terreno de 55 hectares no bairro Jardim Liberdade. O esquema teria desviado cerca de R$ 15 milhões dos cofres públicos, conforme informações dos agentes da Delegacia Fazendária de Mato Grosso (Defaz-MT).
O nome de Sebastião, que na época dos fatos trabalhava como pedreiro e hoje como porteiro da Procuradoria Geral do Estado (PGE), serviu para movimentação financeira da empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, cuja propriedade era originalmente do empresário Filinto Muller. A empresa foi usada para desviar o dinheiro, conforme apurou as investigações, e Filinto teria recenido 3% do valor total arrecadado pelo grupo criminoso.
