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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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PEDIDO DE AFASTAMENTO

MP não vê problema em pretensões políticas de Selma e diz que advogado "caminhou ao absurdo" em suspeição

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

MP não vê problema em pretensões políticas de Selma e diz que advogado
Ao emitir parecer contra a suspeição de Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal, em ação da Castelo de Areia (veja aqui), o Ministério Público de Mato Grosso afirmou que a juíza “[...] tem todo o direito de se aposentar e, inclusive, após isso, filiar-se a partido político e disputar eleições”.
 
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O pedido de suspeição foi impetrado pelo do advogado Lázaro Roberto Moreira Lima. No procedimento, o advogado afirma que Selma é suspeita para atuar na ação penal porque, Dentre outros motivos, teria anunciado sua intenção de se aposentar, e, logo depois disso, terem surgido na imprensa, especulações de que ela estaria intencionada em disputar um cargo eletivo em 2018 e, inclusive, que poderia aderir a um grupo político integrado pelo ex-prefeito de Cuiabá – Mauro Mendes - e o Senador da República, Blairo Maggi.
 
Lázaro é irmão do ex-vereador João Emanuel e consta como réu em uma ação por estelionato.
 
No parecer, o Ministério Público afirmou que nada impede Selma de “eventualmente, caso alguém lhe pergunte, comentar sobre o seu futuro, seus sonhos e aspirações”, arrematando, que não se pode debitar na conta de Selma Arruda “especulações feitas pela imprensa e, muito menos, se pode cobrar dela que, a todo momento, venha a público desdizer aquilo que se especula, pois, afinal, certamente, ela tem muito mais o que fazer”.
 
O MPE concluiu salientando que o advogado, ao trazer esses fatos para tentar justificar a suposta suspeição da magistrada “caminhou a passos largos rumo ao absurdo e, certamente, com mais algum esforço, poderia chegar ao ridículo.”
 
Para Domingos Sávio, procurador de Justiça, responsável pelo caso, as alegações do advogado se baseiam no “diz que me diz que” e em ilações que desmerecem qualquer consideração”.
 
No caso (Castelo de Areia), o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia, relacionada à operação “Castelo de Areia”, contra oito pessoas, por constituição de organização criminosa e estelionato. 

Foram denunciados: o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima; o juiz aposentado Irênio Lima Fernandes; os empresários Walter Dias Magalhães Júnior, Shirlei Aparecida Matsouka Arrabal e Marcelo de Melo Costa; o advogado Lázaro Roberto Moreira Lima; o contador Evandro José Goulart; e o comerciante Mauro Chen Guo Quin. O processo tramita na Vara Especializada Contra o Crime Organizado da Capital.
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