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OPERAÇÃO SODOMA 4

Defesa de Cursi se diz "tranquila" com confissão de Silval, mas admite não saber o que virá: "só no dia 16 saberemos"

27 Abr 2017 - 08:28

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Reprodução

Marcel de Cursi

Marcel de Cursi

A defesa do ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, Marcel Souza de Cursi, revelou na tarde desta quarta-feira (26) estar tranquila quando à iminente confissão do ex-governador do Estado Silval da Cunha Barbosa nos autos da “Operação Sodoma”. Segundo Gouth Valente, não há o que temer e a defesa de Cursi, que segue preso desde 15 de setembro de 2015, deve se manter, negando as acusações e apontando ausência de provas. O ex-governador será interrogado no dia 16 de maio deste ano, na ação penal oriunda da "Operação Sodoma 4". 

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“Acho que essa pergunta deveria ser feita à defesa de Silval Barbosa”, rebateu o advogado quando questionado sobre o que esperar da confissão daquele apontado como o líder do esquema de fraudes o qual seu cliente pertencia. “Não sei o que ele vem confessar ou não confessar. Só no dia 16 saberemos o teor. Fora isso, especulações. Não sabemos o que ele irá dizer, mas a defesa de Marcel está muito tranquila quanto a isso”, acrescentou.  

Perguntado se há preocupação de Cursi com relação a determinado ponto do suposto esquema de fraudes da Sodoma, Gouth Valente revelou tranquilidade e garantiu que de seu cliente não há interesse de confessar qualquer fato. “Nós estamos muito tranquilo com relação a isso, vamos continuar na mesma linha de defesa. A gente confia muito na linha que nosso cliente nos diz”.

Adiante, reafirmou a inocência de seu cliente e desacreditou as confissões dos corréus de Cursi.  “Não existe nada contra Marcel Souza de Cursi, inclusive isso foi motivo de nossas perguntas para a Fachone, que aqui esteve, e ela afirmou com todas as letras que de prova material dentro dos autos não existe nada contra ele. A não ser delações e informações de pessoas que tem interesse dentro do processo, como Pedro Nadaf, Afonso Dalberto, Antonio Carvalho, quer dizer, depoimentos que no entender da defesa, devem ser vistos com certa reserva, pois são pessoas com interesses. Contra eles existem provas materiais, contra Marcel não”.

Perguntado se a prisão preventiva teria servido para forçar o ex-governador a confessar seus crimes em troca de liberdade, o advogado arrisca uma análise. “Esse fato começou muito com a Operação Lava Jato, de primeiro você prender as pessoas e só depois perguntar. Este modelo veio importado de Curitiba e está sendo usado aqui. Mas como você pode falar ou deixar de falar alguma coisa que você não fez? Talvez a linha de defesa do ex-governador possa estar com esta pressão e possa estar cedendo, mas é algo que a defesa de Silval Barbosa deve dizer, não a defesa de Cursi”. 

​No dia 16 de maio, o ex-governador Silval Barbosa, e o ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi, prestarão esclarecimentos à juíza Selma Rosane Arruda. Também o ex-secretário Pedro Nadaf. No dia 18 de maio, prestam esclarecimentos o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o ex-chefe de gabinete, Sílvio César Correa Araújo e o ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Alves de Souza. Por fim, no dia 26, o advogado Levi Machado de Oliveira e os empresários Valdir Piran e Alan Ayoub Malouf.
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