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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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DECISÃO

Justiça mantém bloqueio de R$ 24 milhões em contas de empresa processada por “Escândalo dos Maquinários”

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Justiça mantém bloqueio de R$ 24 milhões em contas de empresa processada por “Escândalo dos Maquinários”
A desembargadora Marilsen Andrade, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou seguimento ao recurso extraordinário interposto pela Rodobens Caminhões Cuiabá S.A. que exigia o fim da indisponibilidade de bens de R$ 23.899.731,73 milhões da empresa na ação decorrente do chamado “Escândalo dos Maquinários”, em 2009. A decisão foi proferida no dia 30 de março.
 
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A empresa alegava que a decisão de indisponibilidade de bens, proferida num acórdão em julho de 2012, feria a Constituição Federal, pois o processo que examina as supostas irregularidades ainda não transitou em julgado.
 
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio da 14ª Promotoria Criminal Especializada na Defesa da Administração e Ordem Tributária, ofereceu denúncia contra 13 pessoas por participação no 'Escândalo dos Maquinários”.

Além dos ex-secretários de Estado de Infraestrutura, Vilceu Francisco Marchetti (assassinado em 2014), e de Administração, Geraldo Aparecido De Vitto Júnior, foram denunciados o servidor público Valter Antônio Sampaio e os empresários Ricardo Lemos Fontes, José Renato Nucci, Valmir Gonçalves de Amorim, Marcelo Fontes Corrêa Meyer, Otávio Conselvan, Sílvio Scalabrin, Rui Denardim, Harry Klein, Rodnei Vicente Macedo e David Mondin.
 
O grupo é acusado de fraude à licitação e fraude processual. O ex-superintendente de manutenção de rodovias junto a Sinfra, Valter Sampaio, também responde por corrupção passiva.

Já o ex-secretário de Administração, Geraldo De Vitto Júnior , responde somente por fraude processual.

Na denúncia, o MPE destaca que a aquisição de caminhões e maquinários por parte do Governo do Estado atingiu a soma de R$ 245 milhões e a propina fixada para o favorecimento de determinadas empresas no procedimento licitatório foi estimada no valor de R$ 12,2 milhões, considerando 5% do valor da aquisição.
 
O superfaturamento verificado nos dois pregões, conforme relatório da Auditoria Geral do Estado, atingiu a cifra de R$ 44,4 milhões. Segundo o MPE, a investigação demonstrou que a fraude foi conduzida pelo ex-secretário de Infraestrutura com o apoio direto do ex-superintendente de manutenção de rodovias da Sinfra.

Consta na denúncia, que os agentes públicos distribuíram a aquisição entre todas as concessionárias de caminhões/máquinas e revendedores instalados na grande Cuiabá para evitar resistências aos certames e garantir o pagamento da propina. De acordo com o Código Penal, as penas previstas para os crimes apontados na denúncia do Ministério Público são: Fraude a licitação (detenção de três a seis anos e multa); Corrupção passiva ( reclusão, de dois a doze anos , e multa); Fraude Processual (detenção de três meses a dois anos, e multa).
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