Olhar Jurídico

Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Notícias | Criminal

​Grampos ilegais

Mauro Curvo determina pente fino em todas interceptações solicitadas pela inteligência da PM

25 Mai 2017 - 09:26

Da Reportagem Local - Erika Oliveira/ Da Redação - Lucas Bólico

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Mauro Curvo determina pente fino em todas interceptações solicitadas pela inteligência da PM
O chefe do Ministério Público em Mato Grosso, promotor de Justiça Mauro Curvo, determinou que a instituição passe um “pente fino” em todas as interceptações telefônicas feitas por solicitações do núcleo de inteligência da Polícia Militar, que é a origem dos grampos ilegais descobertos no Estado. Eles foram produzidos na modalidade barriga de aluguel, quando autoridades se utilizam de uma investigação já em curso e inserem telefones de inocentes na lista de investigados a serem grampeados.

Leia também:
Justiça revela que telefone do Gaeco foi interceptado por grampos ilegais
 
“A gente está fazendo um trabalho de levantamento para verificar onde mais esse núcleo subsidiou investigações de interceptação telefônica para verificar se nelas também não há outras situações, mas isso é preventivo, não tem nada a ver com o fato já objeto de apuração que aconteceu em Cáceres”, explicou.  A investigação que Curvo se refere é sobre tráfico de drogas, na qual, segundo reportagem do Fantástico, policiais inseriram na lista de interceptações o telefone da deputada estadual Janaína Riva (PMDB), identificada como “Janair”.
 
Até mesmo um telefone do Gaeco teria sido grampeado. As investigações estão correndo do âmbito da Procuradoria Geral da República e internamente nas polícias Militar e Civil, sem a participação do MPE. “Ontem eu passei o dia inteiro em Brasília e a única coisa que eu estou sabendo é que em uma decisão a presença da interceptação de um telefone teria sido usado salvo engano por uma capitã que era da inteligência lá do Gaeco. A única coisa que eu estou sabendo também é isso”.
 
 
“Não tem como o MP [investigar aqui] porque a atribuição para essa investigação é do procurador geral da República. Então a gente não está investigando esse fato e na auditoria militar o que eles investigam é de responsabilidade dos militares, então é uma parte só do crime porque, de repente, em cima desse crime tem gente que não é militar. Então a investigação no seu todo não é conosco, é atribuição da Procuradoria Geral da República”, explicou.
 
Lava Jato
 
Para Curvo, não há como prever os próximos desdobramentos da investigação até porque a PGR está envolvida em uma operação muito maior, que é a Lava Jato, o que pode atrasar as investigações. “Fica difícil a gente estimar porque não é uma operação nossa, é uma situação que está na PGR, que está trabalhando com essa questão da Lava Jato, que tem muitas situações lá, então quer dizer que é uma situação que está havendo é importantíssima, é seríssima, é um crime muito grave, agora está dentro de um contexto em que lá quem tem que trabalhar nisso tem que trabalhar também com questões ainda mais sérias do que essa”.
 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet