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Sábado, 20 de abril de 2024

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HABEAS CORPUS

Ex-secretário geral da Assembleia pede salvo-conduto para não ser preso pelo Gaeco

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Ex-secretário geral da Assembleia pede salvo-conduto para não ser preso pelo Gaeco
Tschales Franciel Tschá, ex-secretário geral da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, pediu salvo-conduto no dia 21 de junho ao Tribunal de Justiça para não ser preso em conseqüência da operação “Convescote”.
 
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Desencadeada no dia 20 de junho de 2017, a operação executada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), apura desvios de dinheiro público em convênios celebrados entre a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (FAESP) e instituições públicas como o Tribunal de Contas do Estado (TCE), Assembleia Legislativa, Prefeitura de Rondonópolis e Secretaria de Estado de Infraestrutura, que superam R$ 70 milhões.
 
No habeas corpus, assinado pelo advogado Zaid Arbid, Tschales afirmou que estava com prisão “agendada” para o dia 22 junho, às 06:00 da manhã. O procedimento buscava um pedido de expedição de "Salvo-Conduto", a fim de evitar a segregação cautelar.
 
Ainda no dia 21, a desembargadora Maria Helena G. Póvoas, plantonista do Tribunal na madrugada, despachou afirmando que a medida não merecia exame de urgência.  “[...] não vislumbro no caso em tela, a urgência indicada para os processo a serem analisados em sede de Plantão Judiciário, haja vista que os fatos trazidos a apreciação não foram suficientemente convincentes de que possa ser deflagrado a operação que desencadearia eventual na prisão do Paciente, limitando o Impetrante a carrear aos autos, reportagens trazidas pelos sites jornalísticos da internet”.
 
Sem urgência, o habeas corpus foi redistribuído ao desembargador Alberto Ferreira.
 
De acordo com o Gaeco, o esquema o esquema desmantelado na Convescote  funcionava da seguinte maneira: instituições públicas firmavam convênios com a FAESP para prestação de serviços de apoio administrativo. A Fundação, por sua vez, contratava empresas de fachadas para terceirização de tais serviços.
 
Ao final, os recursos obtidos eram divididos entre os envolvidos, sendo que o responsável pela empresa normalmente ficava com uma pequena porcentagem do montante recebido e o restante era dividido entre funcionários da fundação e servidores do TCE.

Até o momento, conforme o Gaeco, já foram identificadas 08 empresas irregulares que participaram do esquema. Na terça-feira (20)  foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres, 16 mandados de busca e apreensão e 04 mandados de condução coercitiva. Todos foram expedidos pela Vara Especializada do Crime Organizado da Capital.
 
Além do crime de constituição criminosa, também há indicativos da prática de peculato, lavagem de capitais e corrupção ativa.

O Olhar Jurídico entrou em contato com o Ministério Público, que informou que não houve cumprimento de prisão em face de Tschales Franciel. A Assessoria de Comunicação da Assembleia Legislativa não soube informar se o ex-secretário geral deixou o quadro de servidores da “Casa de Leis”

Presos preventivamente:
01 - Claúdio Roberto Borges
02 - Marcos Moreno Miranda
03 - Luiz Benvenuti Castelo Branco de Oliveira
04 - José Carias da Silva Neto
05 - Karinny Emanuelle Campos Muzzi de Oliveira
06 - João Paulo Silva Queiroz
07 - Jose Antonio Pita Sassioto
08 - Hallan Gonçalves de Freitas
09 - Marcos José da Silva,
10 -Jocilene Rodrigues de Assunção
11 – Eder Gomes de Moura

Conduções coercitivas:
01 - Marcos Antonio de Souza
02 - Fadia Kassem Fares Garcia
03 - José Augusto Proença de Barros
04 - Lázaro Romualdo Gonçalves de Amorim
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