O servidor do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) Cláudio Roberto Borges Sassioto, um dos nomes envolvidos no suposto esquema desvendado na Operação Convescote, teria afirmado que possuía uma “mão” no Tribunal de Justiça de Mato Grosso para barrar qualquer movimentação judicial.
 
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Sassioto teria afirmado ainda que “havia pessoas muito poderosas” no caso, fazendo referencia a um deputado estadual e um diretor do TCE, ambos sem identificação. 
 
As informações foram expostas na decisão judicial que determinou 13 conduções coercitivas na segunda fase da Operação Convescote, desencadeada nesta sexta-feira (30). A responsável pela decisão foi a magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal.
 
“A viabilidade do deferimento da medida de condução coercitiva prende-se não apenas na necessidade de garantir a melhor coleta de dados neste momento investigativo, que é crucial, eis que antecede o oferecimento da denúncia. Também se serve para evitar que envolvidos acabem combinando entre si teses que possam prejudicar a elucidação dos fatos”, salientou a magistrada.
 
Conforme descortinado durante a primeira fase da Operação, no dia 20 de junho, Claudio Sassioto já teria contatado um escritório de advocacia para cuidar do caso. Também teria determinado que todos os envolvidos trocassem de aparelhos celulares a fim de dificultar investigações.
 
Sassioto está preso desde o dia 20 de junho. Entre os conduzidos nesta sexta-feira estão Odenil Rodrigues de Almeida e Suede Luz, assessores do deputado Guilherme Maluf e Eneias Viegas da Silva, diretor financeiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Convescote
 
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), composto por membros do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar, cumpriu no dia 20 de junho 11 mandados de prisão preventiva em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres, todos expedidos pela Vara Especializada do Crime Organizado da Capital na primeira fase da Convescote.
 
Na mesma oportunidade, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 04 mandados de condução coercitiva.
 
A  Convescote apura desvios de dinheiro público em convênios celebrados entre a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (FAESP) e instituições públicas como o Tribunal de Contas do Estado (TCE), Assembleia Legislativa, Prefeitura de Rondonópolis e Secretaria de Estado de Infraestrutura, que superam R$ 70 milhões.
 
Nesta sexta-feira (30), o Gaeco deflagrou a segunda fase da operação e determinou o cumprimento de 13 mandados de condução coercitiva e busca e apreensão, todos expedidos pela Vara Especializada do Crime Organizado da Capital.
 
Presos preventivamente no dia 20:
01 - Claúdio Roberto Borges
02 - Marcos Moreno Miranda
03 - Luiz Benvenuti Castelo Branco de Oliveira
04 - José Carias da Silva Neto
05 - Karinny Emanuelle Campos Muzzi de Oliveira
06 - João Paulo Silva Queiroz
07 - Jose Antonio Pita Sassioto
08 - Hallan Gonçalves de Freitas
09 - Marcos José da Silva,
10 -Jocilene Rodrigues de Assunção
11 – Eder Gomes de Moura

Conduções coercitivas no dia 20:
01 - Marcos Antonio de Souza
02 - Fadia Kassem Fares Garcia
03 - José Augusto Proença de Barros
04 - Lázaro Romualdo Gonçalves de Amorim
 
Conduções coercitivas no dia 30:
Tscharles Franciel Tschá, ex-secretário geral da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT)
Eneias Viegas da Silva, diretor financeiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE)
Odenil Rodrigues de Almeida, assessor do deputado Guilherme Maluf
Suede Luz, assessor do deputado Guilherme Maluf
Marcelo Catalano Corrêa, servidor do TCE
Drieli Azeredo Ribas, servidora da ALMT
Maurício Marques Júnior, servidor do TCE
Elizabeth Aparecida Ugolini, funcionária do Sicoob
Fabrício Ribeiro Nunes Domingues, servidor da ALMT
Alysson Sander Souza, servidor da ALMT
Coronel Nerci Adriano Denardi, ex-comandante da PM e possui cargo comissionado na ALMT
Márcio José da Silva, funcionário da Faesp
Alison Luiz Bernardi, funcionário da Faesp