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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Coronéis negam participação em esquema de grampos durante depoimento, mas seguem presos

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Coronéis negam participação em esquema de grampos durante depoimento, mas seguem presos
Os coronéis Evandro Lesco e Ronelson Barros prestaram depoimento na tarde da última terça-feira (04) na Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso. Ambos negaram participação em qualquer ação irregular. Mesmo afirmando inocência, os militares seguem detidos.

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Lesco e Barros foram presos no dia 23 de junho, em Cuiabá, por suposto envolvimento no esquema de grampos clandestinos montado no Núcleo de Inteligência da Polícia Militar, denunciado em maio deste ano.

O advogado Saulo Gahyva, defensor do coronel Barros, afirmou ao Olhar Jurídico que seu cliente nega qualquer ato criminoso. Lesco, que também prestou depoimento na terça-feira, também teria negado  participação.
 
A oitiva ocorreu em sede de inquérito militar. Porém, as informações colhidas serão compartilhadas com a Procuradoria Geral da República (PGR), o Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
 
Antes de ser preso, Evandro Lesco era secretário-chefe da Casa Militar. Ronelson Barros ocupava o cargo de secretário-adjunto. Ambos estão afastados das atribuições sem salário. 
 
Os depoimentos seguirão ainda nesta quarta-feira (05).

Entenda o caso

Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
 
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.

O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
  
Barriga de aluguel
 
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.

Neste caso específico, as vítimas foram inseridas em uma apuração sobre tráfico de drogas.
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