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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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SODOMA

Nadaf afirma que Marcel de Cursi sabia de desvios e propina; veja delação completa

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Nadaf afirma que Marcel de Cursi sabia de desvios e propina; veja delação completa
A delação premiada do ex-secretário de Casa Civil de Mato Grosso Pedro Jamil Nadaf confirma os atos de corrupção cometidos pelo ex-governador Silval da Cunha Barbosa. A colaboração relata ainda que o também ex-secretário de Estado Marcel de Cursi sabia de pagamentos de propina.
 
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Olhar Jurídico teve acesso ao depoimento de Nadaf (confira na galeria). Marcel de Cursi continua preso e nega qualquer ato irregular. As declarações do ex-secretário de Casa Civil foram estabelecidas nos autos de um processo sobre a desapropriação irregular do Bairro Jardim Liberdade, fatos desvendados pela quarta fase da operação Sodoma.
 
O foco da Quarta fase da Operação Sodoma, desencadeada no dia 26 de setembro de 2016, foi o desvio de dinheiro público realizado por meio de uma desapropriação milionária paga pelo governo Silval Barbosa durante o ano de 2014.

As diligências realizadas evidenciaram que o pagamento da desapropriação do imóvel conhecido por Jardim Liberdade, localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, na capital, no valor total de R$ 31.715.000,00 à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários Ltda, proprietária do imóvel, se deu pelo propósito específico de desviar dinheiro público do Estado de Mato Grosso em benefício da organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval da Cunha Barbosa.

Ficou comprovado na investigação que, além de Silval Barbosa, participaram da fraude Pedro Jamil Nadaf (ex-secretario chefe da Casa Civil), Francisco Gomes de Andrade Lima Filho (procurador de Estado aposentado), Marcel de Cursi (ex-secretario de fazenda), Arnaldo Alves De Souza Neto (ex-secretario de planejamento), Afonso Dalberto (ex-presidente do Intermat), além do proprietário do imóvel Antonio Rodrigues Carvalho, seu advogado Levi Machado, o operador financeiro do grupo criminoso, Filinto Muller, e os empresários Valdir Piran e Valdir Piran Junior, pai e filho.

De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação, metade, ou seja, R$ 15.857.000,00 retornaram via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller em prol do grupo criminoso.

De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado no montante de R$ 10 milhões pertencia a Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso Pedro Nadaf, Marcel De Cursi, Arnaldo Alves de Souza Neto, Afonso Dalberto e Chico Lima.
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