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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Ameaçado, cabo preso por suposto envolvimento em grampos é solto e pede proteção

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Ameaçado, cabo preso por suposto envolvimento em grampos é solto e pede proteção
O desembargador Orlando Perri determinou há pouco a soltura do cabo da Polícia Militar Euclides Luiz Torezan, preso desde sob a suspeita envolvimento no suposto esquema de grampos ilegais operados em Mato Grosso por PMs. 

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A defesa de Torezan, patrocinada pelo advogado Andre Stumpf, sustenta que o policial colaborou com as investigações, o que acabou por derrubar a necessidade da manutenção do cerceamento à liberdade.
 
Solto, Torezan irá requerer proteção. Em entrevista por telefone, o advogado Andre Stumpf afirmou que pelo fato de ter colaborado, o cabo agora teme pela própria vida.
 
Torezan, alega a defesa, já recebeu ameaças enquanto estava preso, por PMs que também se encontram detidos. A pressão sofrida pelo cabo seria para que ele se sujeitasse a fazer um “alinhamento” de versão com outrosa investigados.
 
“Ele colaborou com as investigações, é réu primério, nunca cometeu um ato que tenha entrado para a sua ficha funcional”, elencou a defesa sobre os motivos para a soltura.
 
Além disso, Torezand também entregou seu celular para as autoridades, com todas as conversas de whatsapp à disposição. O policial deve ser solto ainda hoje.
 
O pedido de proteção deve ser feito já na quarta-feira (11). Stumpf afirma que na própria decisão, o magistrado confirma as ameaças. Ele havia sido preso no mesmo dia que o secretário afastado da Casa Militar do Estado, coronel PM Evandro Lesco, o secretário-adjunto afastado, coronel PM Ronelson Jorge de Barros, e o tenente-coronel Januário Batista.
 
Os grampos
  
Reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, revelou na noite do dia 14 de maio, que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime nenhum no Estado. A matéria destaca como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”, dentre medicos, empresários, funcionários públicos etc.

Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados. Neste caso específico, as vítimas foram inseridas em uma apuração sobre tráfico de drogas.

A decisão pela prisão, do juiz da Vara de Crimes Militares, Marcos Faleiros, salienta ainda que a interceptações clandestinas geram intraquilidade por violação dos princípios básicos.
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