O Tribunal de Justiça de Mato Grosso recebeu apelação do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro em um processo que o condenou a 9 anos e 7 meses de reclusão em regime fechado. O recurso que pede a reforma da decisão foi entregue ao desembargado Luiz Ferreira da Silva, da Terceira Câmara Criminal, no dia 19 de julho.

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O mais famoso contraventor do jogo do bicho em Mato Grosso recebeu condenação, em junho de 2013, da juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Vara Especializada Contra o Crime Organizado da Comarca de Cuiabá. O processo faz referência a crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa cometidos pela organização criminosa de Arcanjo em Cuiabá, Cláudia e Sinop.
 
Os crimes de corrupção ativa foram concretizados ao oferecer vantagens ilícitas a membros da Polícia Civil para liberação de comparsa preso, motocicleta apreendida e ainda para a realização de ação policial em pontos de atuação de bicheiro concorrente.
 
Além de Arcanjo, outros sete também foram condenados. Um deles foi a delegada Helena Yloise de Miranda Lourenço, da Polícia Judiciária Civil. Ela foi condenada à perda do cargo por corrupção passiva. Helena foi enquadrada neste crime ao aceitar propina para realizar a já citada ação policial que favorecia Arcanjo.
 
O genro de Arcanjo, Geovane Zem Rodrigues, também está no rol dos sentenciados. Ele pegou 7 anos, 3 meses e 10 dias de reclusão em regime semi-aberto pelos mesmos crimes que Arcanjo. Conforme consta do processo, Geovane é o herdeiro das ações do grande chefe e mentor. Após a prisão de João Arcanjo, Geovane encarregou-se de continuar chefiando e controlando as atividades ilícitas do grupo.
  
Os outros condenados foram Awanio Moreira da Silva, Silvio Alexandre de Menezes, Agnaldo Gomes de Azevedo, Rene Robert Lima. Todos são comandados de Arcanjo e Geovane. A decisão é do dia 31 de maio. Para saber mais detalhes confira aqui a íntegra da sentença.