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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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DECISÃO

Cabo preso por grampos será transferido para presídio de segurança máxima; coronéis serão avaliados

Foto: Reprodução

Presídio de segurança máxima em MS

Presídio de segurança máxima em MS

O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, pretende transferir para um presídio federal de segurança máxima o cabo cabo Gerson Luiz Ferreira Golveia Júnior, acusado de participação em um esquema de grampos ilegais no Estado. O magistrado aguarda respostas das autoridades competentes em Campo Grande (MS), local onde Gerson deve ser detido.
 
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A informação foi divulgada pela Assessoria do Tribunal de Justiça. Também não foi descartado que os coronéis Evandro Lesco, Ronelson Jorge de Barros e Zaqueu Barbosa, presos pelo mesmo suposto esquema, sejam transferidos.
 
Perri já havia determinado a transferência do cabo Gerson Luiz Ferreira Golveia Júnior do quartel da Rotam para o Centro de Custódia de Cuiabá. A transferência foi estabelecida após a suspeita de que o preso teria saído da Rotam para ir até a Boate Crystal.

Gerson é suspeito de participação no esquema de escutas ilegais em Mato Grosso. Conforme os autos, a prisão, no dia 23 de maio, foi necessária para garantia da ordem pública.
 
A denúncia de que o Cabo Gerson teria saído indevidamente de onde estava preso para ir até a Boate Crystal seria um dos motivos que levou a uma devassa em todos os locais de custódia onde estão detidos os policiais presos acusados de envolvimento no suposto esquema de grampos em Mato Grosso.
 
Durante a fiscalização, foi constatado que alguns dos detidos estavam, inclusive, recebendo comida de casa, que eram entregues por um motoboy.
 
O Ministério Público ofereceu no dia 17 de julho a denúncia criminal contra militares acusados de promover interceptações telefônicas ilegais. Foram denunciados três coroneis, um tenente-coronel e um cabo da PM.
 
São eles, respectivamente, Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Barros, Januário Batista e Gerson Correa Junior. Os cinco vão responder pelos crimes de Ação Militar Ilícita, Falsificação de Documento, Falsidade Ideológica e Prevaricação, todos previstos na Legislação Militar.
 
O caso

Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
 
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.

O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
  
Barriga de aluguel
 
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.

Neste caso específico, as vítimas foram inseridas em uma apuração sobre tráfico de drogas.
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