O promotor de Justiça Célio Joubert Furio abriu inquérito civil para investigar o gasto de mais de R$ 1,3 milhão com um prédio de propriedade de Yasmin Nadaf, irmã de Pedro Nadaf. A reforma ocorreu no período em que Pedro era presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio-MT). Na época, o prédio localizado na avenida Lava Pés, era alugado pela Fecomércio.

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O caso chegou ao Ministério Público Estadual (MPE) através de denúncia anônima feita por e-mail. No documento, o denunciante anexou arquivos de uma auditoria realizada pelo Serviço Nacional do Comércio (Senac), no Rio de Janeiro, que apontou irregularidades no contrato de comodato nº 001/2009 que permitiu a Yasmin alugar o imóvel ao Senac de Mato Grosso, ligado a Fecomércio.
 
Na portaria, publicada no dia 12 de julho, o promotor de justiça explica que ainda não há indícios suficientes para ingressar com uma ação civil pública. Furio determinou a notificação do Presidente Regional do Senac em Mato Grosso para que encaminhe a cópia da documentação elaborada pela comissão interna que investiga o caso.
 
“Determino a instauração de inquérito civil visando a obtenção de esclarecimentos e informações adicionais no âmbito da atuação de natureza extrajudicial relacionada à defesa do patrimônio público e da probidade administrativa a orientar a adoção das providências cabíveis em relação aos fatos.”, escreveu o promotor.
 
Segundo informações extraoficiais, o contrato de comodato foi firmado entre o Senac e a empresa Visa Empreendimentos e Imobiliários Ltda. O prédio funcionaria como a sede do Centro de Educação Profissional do Varejo. Mas, segundo a auditoria interna elaborada pelo Senac carioca, a real proprietário do imóvel era Yasmin Nadaf. 

Outro lado

A reportagem do Olhar Jurídico tentou contato com a assessoria do Senac e com a defesa de Pedro Nadaf, mas até o momento não obteve resposta.