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Juíza nega libertar membros do CV denunciados por transportar celulares em drone para PCE

03 Ago 2017 - 10:00

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Selma Rosane Arruda

Selma Rosane Arruda

A juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, indeferiu o pedido de revogação de prisão preventiva feito pelos membros do Comando Vermelho em Mato Grosso, Thiago Leite Pinheiro e Ricardo de Barros Del Barco. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), por promoverem a entrada de aparelhos celulares na Penitenciária Central do Estado (PCE) com a utilização de drone (objetos voadores não tripulados). Os acusados também respondem por formação de organização criminosa. A decisão foi proferida no dia 27 de julho.

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Para a magistrada, o pedido dos presos provisórios não merece acolhimento, uma vez que não traz qualquer indicativo de que a custódia cautelar seja desnecessária. Pelo contrário, avalia Arruda, “o envolvimento dos acusados com a organização criminosa ora tratada, bem como a posição que ocupam dentro dela, são circunstâncias que demonstram a especial gravidade de suas condutas, assim como concretamente a periculosidade dos réus”. 

Assim sendo, “a prisão se justifica para resguardar a ordem pública, ameaçada com fatos da natureza daqueles narrados na inicial acusatória. Se considerarmos as graves acusações como verdadeiras, o que obviamente exige prova cabal, mas que, são fortes os indícios de que realmente ocorreram conforme narrados na denúncia, os requerentes demonstram alto grau de periculosidade e total desrespeito pelas regras que regem a vida em sociedade”. 

O fundamento acima por si só basta “para embasar a custódia cautelar no resguardo da ordem pública”. Desse modo, se “permanecem inalterados os fundamentos da decisão que decretou a prisão preventiva”, não há que se falar em liberdade.

Segundo a acusação, o flagrante do delito cometido pelos suspeitos teria ocorrido no dia 10 de fevereiro, nas proximidades da Penitenciária Central do Estado. Segundo consta a denúncia, Thiago e Ricardo foram flagrados no interior de um veículo modelo Gol, na posse de um drone que minutos antes foi visto saindo das dependências do estabelecimento prisional. Junto com o equipamento, foram encontrados cinco celulares embalados em fita adesiva.
 
Segundo informações do Gaeco, um dos acusados revelou no momento do flagrante que o drone já havia levado outros três celulares para o interior da PCE. Foram encontrados, em sua residência, 15 carregadores da marca LG, contudo, os aparelhos celulares já não estavam no local.
 
Em diligências posteriores, a polícia identificou como destinatário dos aparelhos celulares, o detento Jonas Souza Gonçalves Júnior, que inclusive já havia sido denunciado por ser integrante do Comando Vermelho em Mato Grosso.
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