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SÉTIMA VARA

Cabo preso por grampos ouviu ligações que comprovam desvios de R$ 2 milhões na AL

14 Ago 2017 - 14:48

Da Redação - Arthur Santos da Silva/ Da Reportagem Local - Paulo Fanaia

Foto: Paulo Victor Fanaia/Olhar Direto

Cabo preso por grampos ouviu ligações que comprovam desvios de R$ 2 milhões na AL
O cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira, preso por grampos ilegais em Mato Grosso, prestou depoimento nesta segunda-feira (14) no processo proveniente da Operação Metástase, que apura desvios de aproximadamente R$ 2 milhões, e confirmou que servidores da Assembléia Legislativa combinaram discursos para ludibriar a Justiça.  
 
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As interceptações se iniciaram em março de 2015. A ordem foi dada para interceptar os telefones que constavam em inquérito vinculado à Sétima Vara Criminal.
 
Servidores, ex servidores e empresários ligados ao então presidente da Assembléia Legislativa, José Riva, foram interceptados. A atuação sobre as interceptações foi encerrada em abril de 2015.
 
Na Metástase, conforme os autos, investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa do Ministério Público Estadual, apontam desvios na ordem de R$ 2 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa.
 
As fraudes, conforme o Gaeco, foram cometidas por meio de compras fictícias de marmitas e materiais gráficos com a utilização de verbas de suprimentos, entre os anos de 2011 a 2014. A operação foi resultado do compartilhamento de informações da operação “Ararath”.
 
Gerson, que atuava na inteligência da PM em Mato Grosso, trabalhou legalmente em interceptações telefônicas no âmbito da referida Operação. Nesta segunda-feira (14), o militar foi ouvido como testemunha arrolada pelo Ministério Público.
 
Em caso independente, o cabo foi preso pela manobra  conhecida como barriga de aluguel, onde números de pessoas comuns, sem qualquer ligação com uma investigação, são inseridos no processo para fins escusos.

Grampos
 
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso ofereceu no dia 17 de julho denúncia criminal contra militares acusados de promoverem interceptações telefônicas ilegais.
 
Foram denunciados, além de Gerson, três coronéis e um tenente-coronel. São eles, respectivamente, Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Barros e Januário Batista.
 
Os cinco vão responder pelos crimes de ação militar ilícita, falsificação de documento, falsidade ideológica e prevaricação, todos previstos na Legislação Militar.
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