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Gerson nega crimes de barriga de aluguel e diz que ida a boate e ameaça não foram comprovadas

14 Ago 2017 - 15:37

Da Redação - Arthur Santos da Silva / Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Reprodução

Gerson nega crimes de barriga de aluguel e diz que ida a boate e ameaça não foram comprovadas
O cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira, preso por grampos ilegais em Mato Grosso, prestou depoimento nesta segunda-feira (14) em processo proveniente da Operação Metástase e garantiu que nunca atuou em crimes de “barriga de aluguel”.

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O militar informou ainda que a suposta ida a boate Crystal e a desconfiança sobre uma ameaça ao promotor Mauro Zaque não foram comprovadas.
 
Gerson, que atuava na inteligência da PM em Mato Grosso, trabalhou legalmente em interceptações telefônicas no âmbito da Operação Metástase, que investiga um desvio de R$ 2 milhões da Assembleia Legislativa.
 
Nesta segunda-feira (14), o militar foi ouvido como testemunha arrolada pelo Ministério Público.
 
Em caso independente, o cabo foi preso pela manobra conhecida como barriga de aluguel, onde números de pessoas comuns, sem qualquer ligação com uma investigação, são inseridos no processo para fins escusos.

É justamente o crime de “barriga de aluguel” que Gerson nega. Ao ser questionado, nesta segunda, sobre notícias veiculadas, o cabo mostrou indignação.
 
“Desde que eu fui na boate Crystal e não comprovaram, desde que eu falei, dentro da ROTAM, via Whatsapp, ameaçando o promotor e não comprovaram... Mídia para mim não serve para nada. Agora eu queria ver, precisava ver. Eu desconheço qualquer tipo de barriga de aluguel nessa operação e em qualquer outra”, afirmou.

A ida a boate

Uma inspeção aos locais onde estão presos os militares investigados por suposta participação no esquema de grampos clandestinos operados em Mato Grosso foi determinada pelo desembargador Orlando Perri, após denúncia dando conta de que um dos militares teria deixado a prisão para ir até a Boate Crystal.

A ameaça

Segundo investigação,  Gerson enviou mensagens a um amigo, enquanto preso no quartel da Rotam, dizendo que iria "arregaçar" o promotor Mauro Zaque. As mensagens de Gerson, em tom agressivo, foram enviadas via aplicativo de celular.
 
Grampos
 
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso ofereceu no dia 17 de julho denúncia criminal contra militares acusados de promoverem interceptações telefônicas ilegais.
 
Foram denunciados, além de Gerson, três coronéis e um tenente-coronel. São eles, respectivamente, Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Barros e Januário Batista.
 
Os cinco vão responder pelos crimes de ação militar ilícita, falsificação de documento, falsidade ideológica e prevaricação, todos previstos na Legislação Militar.
 
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