Em entrevista concedida ao jornalista Roberto D'Ávila, de Globonews, na noite desta quarta-feira (16), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, tornou a comentar a monstruosidade das delações oferecidas pelo ex-governador do Estado Silval da Cunha Barbosa. A declaração foi destaque na imprensa nacional nesta quinta-feira (18).
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"Essa operação monstruosa a que eu me referi, ela é monstruosa em relação à quantidade de anexos, à quantidade de delações, indicação de infrações de todos os níveis, vendas de cargos públicos, desvios de recursos, fraudes em licitação. De sorte que ela é monstruosa e, depois da quebra do sigilo, todos poderão concordar com essa minha avaliação", disse Fux.
O ministro explicou que o conteúdo da delação premiada de Silval, que ainda se encontra sob sigilo, só chegará ao público quando a denúncia for apresentada. De toda sorte, as declarações serão mantidas. Elas não são "revisíveis", destacou Fux, são "compromissos firmados entre o Estado e o colaborador".
O STF e o MP ainda realizam as diligências para o caso.
"O que a lei admite é que, ao final do processo, verificar-se que uma das condições da homologação das delações não foi cumprida, como, por exemplo, se descobrir que o delator é líder da organização criminosa, aí, essa delação 'cai por água abaixo' porque há um motivo para a invalidação dela”, acrescentou o ministro.