O ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, Marcel de Cursi, requereu à magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, que o Tribunal de Justiça exigisse informações sobre grampos telefônicos realizados em seus telefones celulares e de seus familiares, mas sem sucesso. O indeferimento foi proferido nos autos da “Operação Sodoma 4”, nesta quarta-feira (16).
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“Tenho que os requerimentos formulados pela defesa de Marcel Souza de Cursi devem ser indeferidos, eis que são impertinentes ou irrelevantes para a prova dos fatos objetos desta ação penal”, abre sua decisão, a magistrada Selma Arruda.
Adiante, fundamenta conforme o Artigo 402, do Código de Processo Penal, que “dispõe que as diligências a serem realizadas são aquelas cuja necessidade se origine de circunstância ou fatos apurados na instrução. Contudo, somente diligências relevantes e pertinentes e que não tenham cunho meramente protelatório é que devem ser deferidas”.
Esta ação penal encontra-se em fase de diligências, às vésperas da sentença.
Operação Sodoma 4:
De acordo com as investigações, a organização criminosa liderada pelo ex-governador teria desapropriado um imóvel no valor total de R$ 31.715.000,00, localizado Bairro Osmar Cabral, em Cuiabá. O dinheiro teria sido desviado em benefício da quadrilha. De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação, metade, ou seja, R$ 15.857.000,00 retornaram via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller em prol do grupo criminoso.
Segundo a Defaz, a maior parte do dinheiro desviado no montante de R$ 10.000.000,00 pertencia a Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso Pedro Nadaf, Marcel De Cursi, Arnaldo Alves de Souza Neto, Afonso Dalberto e Chico Lima.
(2).jpg "Marcel de Cursi")
