O filho do ex-governador Silval Barbosa, Rodrigo Barbosa e o ex-assessor Silvio Corrêa Araújo firmaram acordo de delação premiada e o documento já foi homologado pelo ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF). O Olhar Jurídico apurou que o valor a ser devolvido pelo ex-assessor é cerca de R$ 400 mil por conta do papel secundário de Araújo no esquema.

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As negociações pelo acordo começaram por volta de seis meses, quando Silvio decidiu fazer a confissão e delatar outros envolvidos. A princípio o conteúdo do acordo está sob sigilo. O advogado Vitor Alípio Borges, que responde por Silvio Corrêa, afirmou que por conta do sigilo no processo ainda não conseguiu confirmar se a delação foi homologado ou não. “Eu devo chegar em Cuiabá por volta das 11 horas mais até agora eu não consegui saber se o ministro homologou ou não”, afirmou Alípio.

Ao que tudo indica, as delações do filho de Silval e de seu ex-acessor devem complementar o conteúdo do que já foi dito pelo ex-governador ao Ministério Público Federal (MPF). Os três acordos devem atingir conjuntamente figuras do alto escalão político de Mato Grosso e do Brasil. 

Na prática, Silvio Corrêa percorreu os mesmos caminhos que o seu ex-chefe. Os dois resolveram confessar os crimes depois de quase dois anos presos no Centro de Custódia da Capital (CCC). A atitude provocou a concessão de prisão domiciliar, pela juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal. A saída dos dois do CCC só ocorreu por meio de um “acordo de confissão” em que Silval se comprometia a devolver R$ 46 milhões aos cofres públicos. Como o ex-governador era apontado como líder dos esquemas não havia a quem delatar, deste modo, o acordo se tornou a melhor solução.