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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Emissora de TV de Riva e rádio em São Paulo foram compradas por Silval com dinheiro de propina

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Emissora de TV de Riva e rádio em São Paulo foram compradas por Silval com dinheiro de propina
A influência financeira do ex-governador em veículos de comunicação espalhados pelo Estado não é recente. Desde 1992, antes de entrar na vida pública, Silval Barbosa já possuía concessões de televisão no interior de Mato Grosso. Os bens começaram a se multiplicar quando Silval já era governador, a custo de negócios ilegais e com dinheiro proveniente de propina. 

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Conforme a lei, pessoas detentoras de cargos eletivos são proibidas de possuírem concessões de rádio e TV. Para driblar a limitação legal, muitos políticos utilizam nomes de laranjas ou de familiares. A delação de Silval, no entanto, demonstrou que o interesse na compra de empresas de rádio e televisão era quase como um hobby do ex-governador.

Em 2011, quando já era proprietário de outras concessões, Silval foi procurado por uma pessoa chamada “Armando”, que lhe ofereceu sociedade em uma rádio recentemente licitada em São José do Rio Preto, no estado de São Paulo. O ex-governador acabou aceitando a proposta.

Com o acordo societário, Silval ficou com 50% dos direitos da rádio ao pagar R$ 1,8 milhão no ano de 2013. O dinheiro foi pago com valores de propina que vieram da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra). Na época, o dinheiro foi arrecadado com a atuação do secretário adjunto, Valdísio Viriato.  

Compra de TV

Além da rádio paulistana, Silval também teria comprado uma retransmissora de televisão que custou R$ 1 milhão. O veículo foi adquirido do ex-deputado José Riva. A compra foi feita pelo irmão do ex-governador, Antônio da Cunha Barbosa Filho. O montante foi parcelado em 10 vezes, com R$ 100 mil para cada prestação do negócio.

“As únicas empresas compradas recentemente foram uma do ex-deputado Riva, que ainda não foi transferida, cujo valor da compra foi de um milhão de reais, pago em 10 parcelas de R$ 100 mil reais, pelo que o colaborador se recorda, mas tem que confirmar com seu irmão os detalhes da compra, não sabendo se foi Rodrigo Barbosa ou seu irmão Antonio da Cunha Barbosa Filho”, diz trecho da delação. 
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