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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Maggi é suspeito de contrair empréstimos fraudulentos; ex-presidente de banco é alvo da PF

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Maggi é suspeito de contrair empréstimos fraudulentos; ex-presidente de banco é alvo da PF
A Procuradoria-geral da República afirma que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, solicitou ao então presidente do BicBanco, José Bezerra de Menezes, que fizesse empréstimos ao ex-secretário Eder de Moraes para cobrir um desfalque de R$ 130 milhões deixados pela gestão de Maggi como governador de Mato Grosso (MT).

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“Blairo Borges Maggi conversou diretamente com José Bezerra de Menezes, à época proprietário do BicBanco, e solicitou que todos os requerimentos financeiros de empréstimos solicitados/intermediados por Eder de Moraes fossem liberados pela instituição financeira”, afirma pedido de busca e apreensão na operação Malebolge.

Na Malebolge, o ministro Luiz Fux autorizou a realização de busca e apreensão na residência de José Bezerra. O executivo teria participado de crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e crimes contra a ordem tributária.
 
Conforme informado pelo jornal O Globo, um dos elementos da investigação é uma carta de fiança de R$ 5 milhões assinada por Blairo e apreendida pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-secretário. 

A Operação

A Polícia Federal deflagrou na manhã de quinta-feira (14) a operação Malebolge, fundamentada nas informações fornecidas pelo ex-governador Silval Barbosa, em sua delação.
 
Segundo a Polícia Federal, o objetivo da operação é cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 64 endereços.
 
Ao todo, são 270 pessoas dentre policiais federais e membros do Ministério Público Federal (MPF).

Os seguintes municípios são alvos da ação: Cuiabá/MT, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Araputanga/MT, Pontes e Lacerda/MT, Tangará da Serra/MT, Juara/MT, Sorriso/MT, Sinop/MT, Brasília/DF e São Paulo/SP.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre a operação realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (14), esclarecemos que:

1. Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de Governo ou para obstruir a justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja "mudanças de versões" em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade. 

2. Ratifico ainda que não houve pagamentos feitos ou autorizados por mim, ao então secretário Eder Moraes, para acobertar qualquer ato, conforme aponta de forma mentirosa o ex-governador Silval Barbosa em sua delação.

3. Jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas. Sempre respeitei o papel constitucional das Instituições e como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional. 

4. Por fim, ressalto que respeito o papel da Justiça no cumprimento do seu dever de investigação, mas deixo claro que usarei de todos os meios legais necessários para me defender e reestabelecer a verdade dos fatos. 

Blairo Maggi
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