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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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escutas ilegais

Desembargador suspeita que juízes participaram de grampos: “nessa sopa tem mosquito”; veja vídeo

Foto: Reprodução

Desembargador suspeita que juízes participaram de grampos: “nessa sopa tem mosquito”; veja vídeo
O desembargador Luiz Carlos da Costa levantou suspeitas sobre a participação de magistrados no esquema de grampos ilegais descoberto em Mato Grosso. Na sessão da última quinta-feira (14), Costa lembrou que existem normas que regem a determinação de interceptação e que funcionam quase como um “passo a passo” aos juízes.

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 “Eu vou acompanhar o voto do relator porque eu ainda espero que surjam fatos novos e novos personagens, eu não quero ser inconseqüente mas - ao parafrasear Tião Carreiro e Pardinho - eu digo ‘nessa sopa tem mosquito’.”, determinou ele. Veja vídeo com o voto do desembargador: 



A sessão da última quinta tratou do envolvimento de policiais militares de alta patente na criação e no desenvolvimento de um sistema de escutas ilegais que teria funcionado em todo estado. Entre aqueles que foram vítima do método conhecido como “barriga de aluguel” estão ex-governadores, advogados, deputados e outros políticos do alto escalão.

O desembargador se mostrou preocupado com a possibilidade de que o judiciário também tenha tido participação efetiva no esquema por conta da atuação de alguns juízes. O magistrado disse desconfiar que os militares tenham simplesmente enganado os juízes, sem que estes últimos não tenham tomado qualquer precaução.

 “Povoa o meu espírito fundadas dúvidas se não há alguém do nosso meio – membros da magistratura – envolvido. Porque como poderiam ser enganados diante dessas resoluções que são tão didáticas. Não sei se já apurou, mas me inquieta tanta inocência para alguém que exerce uma função de tanta responsabilidade”, destacou ele. 

Luiz Carlos da Costa seguiu o voto do relator do caso, Orlando Perri, que a despeito dos pedidos da defesa dos militares recebeu a denúncia do Ministério Público e manteve o processo tramitando no Tribunal de Justiça. Na ocasião, os advogados solicitaram que a ação deveria tramitar na Justiça Militar. 

Assista ao voto completo:

 
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