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EXTORSÃO

Silval confirma pagamento de R$ 800 mil de propina para 'silenciar' grupo Milas; veja fotos

18 Set 2017 - 13:52

Da Redação - Arthur Santos da Silva / Paulo Victor Fanaia Teixeira / Da Reportagem Local - Lázaro Thor

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Silval confirma pagamento de R$ 800 mil de propina para 'silenciar' grupo Milas; veja fotos
O ex-governador Silval Barbosa presta depoimento nesta segunda-feira (18), na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, como vítima de extorsões praticadas por jornalistas. O Ministério Publico denunciou cinco profissionais da comunicação acusados de extorsão e coação de empresários e políticos.

São eles: Max Feitosa Milas, Maycon Feitosa Millas, Antônio Carlos Millas de Oliveira, Naedson Martins da Silva e Haroldo Ribeiro de Assunção.

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As investigações apontam que os suspeitos coagiam as vítimas, que eram obrigadas a pagar quantias vultuosas, entre R$ 100 a 300 mil, para não terem informações divulgadas nos veículos sobre supostas irregularidades e crimes.

Acompanhe a audiência:

14h02 - O advogado Eduardo Mahon, responsável pela defesa de Antônio Carlos Millas, requereu a dispensa de Silval Baborsa. A magistrada Selma Rosane Arruda negou o feito e deu prosseguimento a audiência.

14h05 - "Em 2013 o Antonio Carlos Milas começou a procurar a mim e o Vanderlei Fachetti por termos adquirido uma propriedade do Antonio Joaquim" (fazenda). O proprietário de um veículo de imprensa dizia saber desses e de outros ilícitos. 

14h06 - "A matéria foi publicada, eu não cedi no primeiro momento, a matéria falava que a fazenda foi comprada com dinheiro público".

14h10 - Silval Barbosa afirma que posteriormente atendeu Antônio Carlos Milas e acertou com ele um pagamento entre R$ 700 mil  e R$ 800 mil “para não ser mais importunado com essa situação”.

"Dias depois o Riva me procurou para eu conversar com o Antonio Carlos e na época ele me pediu um milhão e nós fizemos um acordo de R$ 700 a R$ 800 mil que foram pagos parcelados, as vezes de 50 e as vezes de 100"

Ficou à cargo de Pedro Nadaf efetuar estes pagamentos. “Pagos com recursos advindos de propinas das empresas”.  "A maioria desses pagamentos quem fazia era o Nadaf, eu só sabia desses pagamentos quando o Pedro me falava"

14h11 - Depois disto, “não me cobrou mais, se ele fez alguma outra publicação, não tenho conhecimento algum”.  

14h12 - Ele conta que parte do dinheiro de extorsão veio da desapropriação ilicita do Jardim Liberdade.

14h17 - Silval diz que acredita que o acordo de extorsão foi quitado. "Eu acredito que tenha sido quitado porque o Pedro Nadaf me disse que tinha resolvido tudo", conta.                        
"Eu aceitei pela insistência do Riva e porque eu não queria que aqueles escândalos fossem divulgados".

14h22 - Quem fala primeiro, pelas defesas, é o advogado Eduardo Mahon. Ele lê parte do depoimento. A defesa alega que os Milas apenas pressionaram a Secom de Silval para quitação de verbas publicitárias e questiona o acordo de delação firmado pelo ex-governador. 

14h23 - "Tudo o que eu falei é verdade", garante o delator Silval. 

14h24 - "Não fosse José Riva, você pagaria Milas?", questiona o advogado. "Talvez eu nem atenderia a ele", responde a testemunha. 

14h27 - Neste momento advogado e testemunha dialogam sobre a relação entre o Estado e a imprensa. Silval parece incomodao com os questionamentos de Mahon. 

14h32 - Silval encerra seu testemunho. 

14h46 - Ao deixar o fórum, a defesa de Antônio Carlos Milas se disse desgostosa com o testemunho de Silval. "É absolutamente nulo”, criticou o advogado Eduardo Mahon, que explica: “Silval é tecnicamente considerado, neste processo, vítima de extorsão. Quando ele celebra um acordo que tem conhecimento que pode ser rescindido, ele disse outra versão como colaborador. A juíza, sem requerimento do MPE e de nenhuma das partes, perguntou em outro processo e não no nosso se ele sabia deste suposto esquema. Pela força da colaboração, no outro processo, ele disse ‘sim, eu sei, foram de R$ 700 a R$ 800 mil de esquema”.
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