A magreza do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro assustou os jornalistas que o aguardavam na frente da sede da Justiça Federal em Cuiabá. Arcanjo chegou escoltado de pelo menos 10 policiais. Ele presta depoimento na tarde desta quarta-feira (20) como testemunha do ex-deputado Eliene Lima, acusado de lavagem de dinheiro. Veja vídeo no final da matéria.
O caso é conduzido pelo juiz Francisco Antônio Moura, da 7ª Vara Criminal. Nos autos, são julgados crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Nesta quarta, Eliene também será interrogado. Na entrada da sede da Justiça Federal, o ex-parlamentar falou sobre o caso.
Rogério Florentino Pereira/OD
"Pelo que eu estou entendendo [este caso] é sobre um cheque que eu peguei emprestado em uma agência de fomento que eu não me lembro bem o ano e houve uma denúcia de que coincidia com uma movimentação que a Assembleia fazia com a agência", afirmou o ex-deputado.
Arcanjo deveria ser ouvido mediante videoconferência diretamente do Presídio Federal de Mossoró, onde estava detido. Porém, decisão no dia 1 de agosto, dos desembargadores Paulo da Cunha, Rondon Bassil e Gilberto Giraldell, do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, determinou a transferência de Arcanjo para Cuiabá. O ex-bicheiro desembarcou no Aeroporto Marechal Rondon no dia 14 de setembro.
Arcanjo foi inserido no sistema federal em agosto de 2007, quando foi transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), no mesmo dia da deflagração da operação “Arrego”, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que comprovou que mesmo de dentro da PCE ele continuava comandando o jogo do bicho.
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