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DELAÇÃO À VISTA?

Ex-deputado Riva pede acesso a registros de movimentação financeira da AL antes de reinterrogatório

25 Set 2017 - 09:20

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

José Geraldo Riva

José Geraldo Riva

A juíza da Sétima Vara Criminal Selma Rosane Arruda deferiu pedido do ex-deputado Estadual José Geraldo Riva e determinou que a colaboradora Marisol Castro Sodré apresente em juízo um pen-drive contendo o "caixa diário" da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) dos anos de 2009 a 2013. De posse destes dados, o ex-parlamentar pleiteia o reinterrogatório. A decisão foi proferida no último dia 22.

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“Defiro o requerimento formulado pelas defesas dos acusados Geraldo Lauro e José Geraldo Riva. Intime-se a defesa da colaboradora Marisol Castro Sodré para que apresente em Juízo, no prazo de 05 dias, o dispositivo digital (pen-drive) contendo arquivo do caixa diário dos anos de 2009 a 2012 e 2013, apreendido nos autos do Pic 001/2015/Gaeco e, o qual fora devolvido pelo Gaeco a acusada em 23/09/2015. Com ele nos autos, encaminhe-se a mídia à Politec, juntamente com as planilhas e manuscritos, conforme já determinado. Vindos os laudos das perícias, voltem os autos conclusos para designação de data para realização do reinterrogatório do acusado José Geraldo Riva”, determinou Selma Arruda.

A “Operação Metástase” foi deflagrada em 23 de setembro de 2015. Ao todo, 22 ex-servidores da ALMT são apontados pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) como responsáveis por formação de organização criminosa, esquema de fraudes, peculato e falsidade documental. 

A operação é resultado do compartilhamento de informações entre Ministério Público Estadual (MPE) e Polícia Federal - por meio da “Operação Ararath”. O grupo criminoso pode ter desviado do erário o montante de R$ 2 milhões, entre o período de 2011 e 2014. 

Segundo o MPE, os servidores realizavam compras fictícias de marmitas e de material gráfico. “O servidor sacava o dinheiro e pulverizava com a corrupção. O objetivo é identificar os líderes e os destinos dos recursos”. 

Ainda não se sabe se o reinterrogatório do ex-deputado guarda relação com um possível acordo de delação premiada.
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