Olhar Jurídico

Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Notícias | Criminal

OPERAÇÃO NESTA MANHÃ

PF cumpre mandados contra advogado de Fabris suspeito de ajudar deputado a ocultar documentos

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

Gilmar Fabris e sua mala preta.

Gilmar Fabris e sua mala preta.

O Requerimento assinado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta possível participação dos advogados Ricardo Spinelli e Ocimar Carneiro de Campos na substração e ocultação de documentos interessantes à investigação da “Operação Ararath”, em prol do deputado Estadual Gilmar Fabris (PSD). A manifestação foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) e gerou a deflagração da nova fase da operação, na manhã desta quarta-feira (27). A autorização para operação foi assinada pelo ministro Luiz Fux, nesta terça-feira (26).

Leia mais:
PF deflagra operação e cumpre mandados contra advogados de Éder Moraes e cunhado de Gilmar Fabris


Conforme Gilmar Fabris narra à Polícia Federal (PF), no dia em que foi deflagrada a “Operação Malebolge”, deslocou-se à "Casa do Bolo de Arroz", com sua esposa, sogros e cunhados. As câmeras de segurança interna do estabelecimento mostram um elemento a mais no encontro: o advogado criminalista Ricardo Spinelli.

Segundo a PGR, em dado momento, o cunhado de Gilmar Fabris, Ocimar Carneiro de Campos, se dirigiu ao veiculo do deputado, no estacionamento do restaurante, e de seu interior retirou uma mala preta, a mesma que o político segurava quando deixava sua residência, ainda de pijamas, naquela manhã de operação. Ocimar levou a valise consigo para a mesa onde os familiares se encontravam, sentou-se, retirou documentos desta pasta e os entregou para Ricardo Spinelli, que mais tarde deixou o restaurante, levando os papéis consigo.

Neste contexto, concluiu a PGR que Ricardo Saldanha Spinelli "guardou consigo e auxiliou na ocultação dos documentos subtraídos de sua residência por Gilmar Fabris’ e que da mesma forma Ociomar Carneiro de Campos integrou a empreitada criminosa, ao auxiliar Gilmar Fabris a ocultar os documentos que interessavam à investigação criminal”.

Acrescenta o Ministério Público Federal (MPF) que as buscas e apreensões contra os dois advogados são importantes, pois “há perspectiva de localização de novas evidências que possam reforçar o conjunto probatório, de modo a permitir o deslinde de todas as circunstancias dos fatos criminosos”.

O Supremo autorizou que documentos, objetos que poderiam ser usados para falsificação de documentos e demais provas de interesse à PGR sejam apreendidos das residências e escritórios profissionais dos advogados, que segundo a justiça, cometeram, com base nos “evidentes indícios”, “crime de embaraço às investigações”.
Contra o cunhado de Gilmar Fabris, pesa ainda a possibilidade de integração à organização criminosa, suspeita que ainda deverá ser investigado pela PF.

Outro lado

A reportagem tentou entrar em contato com o advogado Ricardo Spinelli, mas as ligações sequer foram completadas.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet