Ao comentar a prisão dos secretários de Estado,  Roger Jarbas (Segurança) e Airton Siqueira (Justiça),  do ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques e do ex-integrante da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, o advogado Leonardo Campos, titular da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, afirmou que é preciso garantir o funcionamento das instituições ao mesmo tempo em que as investigações consigam prosseguir. A declaração foi realizada na tarde de hoje, 27, no Fórum de Cuiabá. 

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“Essa investigação da grampolândia já é um patrimônio do povo mato-grossense, o povo tem o direito de saber quem foi grampeado, quem grampeou e porque grampeou, nós não podemos viver nesta insegurança. A OAB exige das autoridades muita maturidade e prudência neste momento que é um momento conturbado, um momento de nuvens negras.”, declarou Campos.

O advogado falou com a imprensa na saída da audiência de custódia do ex-secretário Paulo Taques, que foi preso nesta manhã. Taques foi levado ao Centro de Custódia da Capital, mas a OAB defende que por se tratar de advogado ele deveria ter sido encaminhado para uma uinidade do Corpo de Bombeiros. Sugeriu ainda que seja decretada a sua prisão domiciliar.

Reação de Taques

Leonardo também aproveitou o momento para comentar a reação de Taques a decisão do desembargador Orlando Perri que ocasionou na aplicação de medidas cautelares (tornozeleira eletrônica) contra Rogers Jarbas na semana passada. Campos lembrou que é além de maturidade, o executivo e o legislativo precisam se entenderem para não tornar a situação ainda mais delicada.

“Eu acho que neste momento é hora de cumprir as leis do país. Decisão judicial se não concorda com ela o instrumento legal é combatê-la nos próprios autos com recurso competente, nós queremos garantir a harmonia e o funcionamento das instituições. Agora, todo mundo tem o direito de comentar as decisões judiciais.”, lembrou ele.

Grampolândia

Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.

A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.

O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
 
Confira abaixo a lista com todos os presos:
 
PAULO CESAR ZAMAR TAQUES
 
CEL. PM AIRTON BENEDITO DE SIQUEIRA JÚNIOR
 
ROGERS ELIZANDRO JARBAS
 
CEL. PM. EVANDRO ALEXANDRE FERRAZ LESCO
 
SGT. PM JOÃO RICARDO SOLER
 
MAJOR PM MICHEL FERRONATO
 
HELEN CHRISTY CARVALHO DIAS LESCO
 
JOSÉ MARILSON DA SILVA
 
MARCIANO XAVIER DAS NEVES (*medidas cautelares)