Olhar Jurídico

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Criminal

REVELAÇÕES

Perri revoga prisão após empresário envolvido em grampos contribuir com investigação

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Perri revoga prisão após empresário envolvido em grampos contribuir com investigação
O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, revogou nesta quarta-feira (04) a prisão preventiva do empresário José Marilson da Silva, acusado de embaraçar investigação sobre o caso dos grampos. Pressionado, o empresário estaria contribuindo com após a detenção decretada na Operação Esdras.

Leia mais:
MPE precisa agir para aditamento de processo dos grampos e inclusão de Siqueira em ação

 
Conforme os autos, Marilson é ex-sócio-proprietário da empresa SIMPLES IP, responsável pelo desenvolvimento do sistema de interceptação conhecido como Sentinela.
 
Ao que tudo indica, o referido sistema foi utilizado para prática de interceptações telefônicas clandestinas. O empresário também era suspeito de estar escondendo o equipamento dos grampos.
 
Segundo decisão que revogou prisão, os delegados de polícia Ana Cristina Feldner e Flávio Henrique Stringuetta noticiaram que Marilson foi inquirido após ser preso, sanando as contradições detectadas que poderiam caracterizar obstrução de Justiça.
 
Mesmo com indícios de contribuição, a preisão preventiva foi substituída por medidas cautelares. Foi determinado o comparecimento mensal em juízo, a proibição de frequentar órgãos públicos, proibição de ausentar-se de Cuiabá, proibição de ausentar-se do País e a proibição de manter qualquer tipo de contato  com as testemunhas, réus e investigados no caso dos grampos.

A operação Esdras foi desencadeada no dia 27 de setembro com base no depoimento prestado pelo tenente coronel da Policia Militar José Henrique Costa Soares.

A referida operação revelou um verdadeiro esquema criminoso para frear as investigações sobre interceptações ilegais e afastar o desembargador Orlando Perri do caso.
 
Conforme os autos, em depoimentos prestados por Soares “descortinou-se um sórdido e inescrupuloso plano” no intuito de interferir nas investigações policiais e macular a reputação do desembargador Orlando Perri em todos os inquéritos instaurados.

Segundo o processo, Costa Soares foi convocado para atuar como escrivão no inquérito do caso grampos. Logo da convocação, a suposta organização criminosa teria buscado sua cooptação.
 
Seria tarefa do tenente coronel a juntada de informações sobre Perri para provocar a suspeição do magistrado.
 
Na Operação Esdras foram cumpridas medidas contra Paulo Taques, coronel Airton Benedito de Siqueira Júnior, o ex-secretário de Estado Rogers Eizandro Jarbas, o corornel Evandro Aexandre Ferraz Lesco, o sargento João Ricardo Soler, o major pm Michel Ferronato, Helen Christy Carvalho Dias Lesco (esposa de Lesco), o empresario José Marilson da Silva e o advogado Marciano Xavier das Neves.
 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet