Por determinação do desembargador Orlando Perri, do Trinunal de Justiça de Mato Grosso, o o ex-secretário adjunto da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, será transferido da sede do 3ª Batalhão da Polícia Militar para uma uma cela onde está instalado o Batalhão da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam). A informação foi confirmada pelo delegado Flávio Stringueta ao Olhar Jurídico na manhã desta quarta-feira, 11 de outubro. Flávio é um dos responsáveis pela investigações envolvendo interceptações telefônicas em Mato Grosso.
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A medida foi adotada depois da denúncia e, comprovação, de que Lesco deixou a unidade do 3º BPM (que fica no bairro CPA IV) para ir até uma farmácia no mesmo bairro. Ele foi levado em um Corolla até o local, acompanhado de dois policiais no dia 4 de outubro. Lá, ele permaneceu por cerca de 15 minutos onde comprou produtos de higiene pessoal e utilizou o caixa eletrônico. Imagens de circuitos de segurança comprovaram que ele, de fato, esteve no local, contrariando o mandado de prisão expedido contra sua pessoa.
Em decorrência do flagrante, a delegada Ana Cristina Feldner - que também atua na apuração do caso das interceptações telefônicas - solicitou providências ao desembargador.
Lesco está preso desde o dia 27 de setembro, após a deflagração da operação Esdras. A operação foi desencadeada com base no depoimento prestado pelo tenente coronel da Policia Militar José Henrique Costa Soares, revelou um verdadeiro esquema criminoso para frear as investigações sobre interceptações ilegais e afastar o desembargador Orlando Perri do caso. Lesco seria um dos prinicipais personagens do esquema.
Conforme os autos, em depoimentos prestados por Soares “descortinou-se um sórdido e inescrupuloso plano” no intuito de interferir nas investigações policiais e macular a reputação do desembargador Orlando Perri em todos os inquéritos instaurados.
Lesco, em depoimento na tarde de ontem, confessou sua participação no esquema aos delegados responsáveis pelo caso. Além dele, sua esposa, a personal trainer Helen Christy Carvalho, também ratificou sua participação. Ela também segue presa na penitenciária Ana Maria do Couto May.
