Olhar Jurídico

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Criminal

SELMA

Juíza nega acareação entre empresário e advogado delator em ação por desapropriação de R$ 31 milhões

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Juíza nega acareação entre empresário e advogado delator em ação por desapropriação de R$ 31 milhões
A magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, negou no dia 18 de outubro pedido do advogado Levi Machado pela realização de acareação nos autos provenientes da operação Sodoma, quarta fase. Machado buscava confrontar depoimentos dos colaboradores premiados Filinto Muller e Gabriel Gaeta Aleixo.
 
Leia mais:
STF nega liberdade a advogado acusado de ser mandante em homicídio de empresário


Na Sodoma, quarta fase, as diligências realizadas evidenciaram que o pagamento da desapropriação do imóvel conhecido por Jardim Liberdade, localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, na capital, no valor total de R$ 31.715.000,00 à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários Ltda, proprietária do imóvel, se deu pelo propósito específico de desviar dinheiro público do Estado de Mato Grosso em benefício da organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval da Cunha Barbosa.

De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação, metade, ou seja, R$ 15.857.000,00 retornaram via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de propriedade de Filinto Muller. O valor seria em prol do grupo criminoso.

De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado no montante de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) pertencia a Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes.

Ficou comprovado na investigação que, além de Silval Barbosa, participaram da fraude
Pedro Jamil Nadaf (ex-secretario chefe da Casa Civil), Francisco Gomes de Andrade Lima Filho (procurador de Estado aposentado), Marcel de Cursi (ex-secretario de fazenda), Arnaldo Alves De Souza Neto (ex-secretario de planejamento), Afonso Dalberto (ex-presidente do Intermat), além do proprietário do imóvel Antonio Rodrigues Carvalho, seu advogado Levi Machado, o operador financeiro do grupo criminoso, Filinto Muller, e os empresários Valdir Piran e Valdir Piran Junior, pai e filho.
 
A acareação

Levi Machado buscava acareação para combater falas dos delatores sobre possíveis encontros criminosos. Filinto Muller e Gabriel Gaeta Aleixo foi interrogados inicialmente na Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Administração Pública
 
Selma negou pedido ao considerar que a lei “não impõe ao juiz o dever de promover a acareação em casos de conflito das versões dos réus ou testemunhas/vítimas”. A magistrada negou ainda autorização de acesso integral aos dados de sigilo fiscal e bancário de Filinto Muller.
 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet