Olhar Jurídico

Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Notícias | Criminal

NO CCC

Paulo Taques vê atentado ao STJ após cabo tentar delação em MT

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Paulo Taques vê atentado ao STJ após cabo tentar delação em MT
Paulo Taques, ex-secretário de Casa Civil preso por grampos ilegais, considera as diligências recentes realizadas em Mato Grosso como um atentado contra o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
 
Leia mais:
Ação dos grampos é enviada ao STJ; queixa-crime da OAB contra MPE também vai a ministro


A opinião foi divulgada por meio de nota oficial, nesta quinta-feira (19). Segundo Taques, houve desrespeito à Corte Superior.
 
Na última quarta-feira (11), o Superior Tribunal de Justiça acolheu pedidos feitos pelo governador Pedro Taques e pela Procuradoria-Geral da República, decidindo avocar todos os procedimentos investigatórios em curso.
 
Mesmo ciente da decisão, o cabo Gerson Corrêa Júnior, também preso acusado de participar do esquema de interceptações, fez ainda em Mato Grosso fortes revelações durante depoimento em que tem como objetivo firmar um acordo de delação premiada.
 
Segundo delegados da Polícia Civil, responsáveis por investigar o caso, o depoimento foi legal, visto que teria sido realizado antes de uma notificação formal.
 
No depoimento o PM confirmou que o ex-secretário fez o pagamento de R$ 50 mil ao coronel PM Evandro Lesco para bancar as interceptações. Os alvos seriam adversários políticos do governador José Pedro Taques (PSDB).
 
“O advogado Paulo César Zamar Taques vê ilegalidade na realização de diligências investigatórias após 11.10.17,  o que atenta contra o Superior Tribunal de Justiça (STJ) em sua decisão de avocar todos os inquéritos. O advogado Paulo Taques reafirma que não cometeu crime de escuta ilegal tampouco ordenou que cometessem tal prática ilegal e declara que todos os esclarecimentos necessários serão prontamente prestados ao STJ”, afirma a nota oficial.
 
O ministro Mauro Campbell Marques é o atual responsável pelo processo no STJ.
 
Prisão

O primo do governador Pedro Taques foi detido no dia 27 de setembro, durante a operação Esdras, por suspeita de participação nos grampos supostamente executados por policiais militares em Mato Grosso.
 
A referida operação foi desencadeada com base no depoimento prestado pelo tenente coronel da Policia Militar José Henrique Costa Soares.

Pedido de liberdade semelhante foi negado no Superior Tribunal de Justiça. No supremo, a questão será examinada pelo ministro Roberto Barroso.
 
A Esdras revelou um verdadeiro esquema criminoso para frear as investigações sobre interceptações ilegais e afastar o desembargador Orlando Perri do caso.
 
Conforme os autos, em depoimentos prestados por Soares “descortinou-se um sórdido e inescrupuloso plano” no intuito de interferir nas investigações policiais e macular a reputação do desembargador Orlando Perri em todos os inquéritos instaurados.

Segundo o processo, Costa Soares foi convocado para atuar como escrivão no inquérito do caso grampos. Logo da convocação, a suposta organização criminosa teria buscado sua cooptação.
 
Seria tarefa do tenente coronel a juntada de informações sobre Perri para provocar a suspeição do magistrado.
 
Conforme os autos, Paulo Taques foi um dos responsáveis por cooptar Soares. O ex-secretário, possuindo informações comprometedoras sobre o tenente coronel, teria munido a organização criminosa.
 
Na Operação Esdras, foram cumpridas medidas contra Paulo Taques, o coronel Airton Benedito de Siqueira Júnior, o ex-secretário de Estado Rogers Eizandro Jarbas, o corornel Evandro Aexandre Ferraz Lesco, o sargento João Ricardo Soler, o major pm Michel Ferronato, Helen Christy Carvalho Dias Lesco (esposa de Lesco), o empresario José Marilson da Silva e o advogado Marciano Xavier das Neves.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet