O juiz Pedro Flory Diniz Nogueira, da Terceira Vara Criminal, recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra os supostos assassinos do médico dentista Josilei da Silva Gaspar, de 37 anos. A vítima foi encontrada morta com um tiro na nuca e com as mãos e pés amarrados no dia 24 de setembro nas proximidades do município de Juara (640 km de Cuiabá). A decisão foi proferida no último dia 18.
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Com a decisão, tornam-se réus: Elias Thiego Barbosa; Romário de Souza Silva; Raul Cezar de Oliveira Conradi; Fábio Almeida dos Santos; Renato Nascimento de Oliveira e Cleber Ferreira Nogueira por liderança em organização criminosa que age empregando arma de fogo e assassinato por meio que impediu defesa da vítima. Uma segunda denuncia foi feita contra Elias Thiego Barbosa e Romário de Souza Silva por ocultação de arma de fogo.
Nos autos, o magistrado acrescentou no último dia 20 que Raul Cezar de Oliveira Conradi fique distante do correu Cleber Ferreira Nogueira, uma vez que o primeiro já confessou o crime, para a indignação do segundo. Já houve, inclusive, agressões físicas na Cadeia Pública da Comarca de Juara.
Considerando a manifestação da Defensoria Pública, manter os presos na mesma cadeia, mesmo que em celas separadas, pode gerar risco a integridade física dos delatores e ao resultado útil do processo, razão pela qual o juiz entendeu por separar de imediato os réus.
Cleber Ferreira Nogueira ficará na Cadeia Pública de Juara, enquanto Raul Cezar de Oliveira e Renato Nascimento de Oliveira deverão permanecer na Cadeia Pública de Porto dos Gaúchos, em celas separadas.
Fábio Almeida dos Santos, 24, e Raul César de Oliveira, Corandi, 22, foram presos na MT-342, em Cáceres, a quase 700 km do local do crime. A prisão deles ocorreu no momento em que saiam de uma área de mata onde estariam escondidos desde o dia 24, após o confronto com policiais militares, de acordo com assessoria da PM.
Com Raul César, os policiais apreenderam a aliança de casamento e os óculos que a vítima usava no dia em que foi morta. A caminhoneta do dentista, uma Hilux modelo CD 4X4, cor prata, já havia sido apreendida no dia anterior, em área próxima a região onde ocorreram as prisões.
Segundo as informações da polícia, os criminosos aproveitaram o fim da noite de 23 de setembro para invadir a chácara onde estava o dentista. Encapuzados, eles renderam a vítima, pegaram a caminhonete (Toyota Hilux) e depois levaram Josilei junto. Familiares tentaram contato com o homem, mas sem sucesso.
Os parentes foram até a chácara do dentista e encontraram os móveis todos revirados. A Polícia Militar então foi acionada e iniciou as buscas, junto com o Grupo Especial de Fronteira (Gefron). Quando os policiais encontraram os bandidos, eles conseguiram fugir em uma mata fechada.
O corpo do dentista foi localizado no fim do domingo e estava com suas mãos e pés amarrados. Além disto, havia a marca de um disparo de tiro na nuca da vítima. Os restos mortais foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exames de necropsia.
