Mariana Reis Moscarelli Carvalho, de 25 anos, presa no ano passado por suspeita de integrar o grupo criminoso Comando Vermelho (CV) foi condenada a sete anos de prisão em regime fechado pelos crimes de organização criminosa e falsidade ideológica. A sentença foi proferida pela juíza da 1ª Vara Criminal de Sorriso, Emanuelle Chiaradia Navarro Mano.
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Segundo os autos, a ré exercia o comando da organização criminosa, portava arma de fogo e associou-se com mais de quatro pessoas que designavam tarefas específicas no mundo do crime. Ela foi presa pela Polícia Judiciária Civil no dia 05 de dezembro de 2016 no bairro Jardim das Oliveiras, em Sinop (477 km de Cuiabá).
Segundo o relato do Delegado de Polícia Bruno Sérgio Magalhães Abreu, a jovem estaria tentando abrir uma boca de fumo em outra cidade. Na época em que esteve presa preventivamente por porte de drogas, continuava sendo informada da prática dos roubos e outros crimes na cidade, como roubo a caixas fortes.
Para o Ministério Público Estadual (MPE) Mariana Reis, de maneira premeditada, “organizou-se com o objetivo de disseminar entorpecentes”, “com terceiras pessoas, integrando e, ao mesmo momento, comandando uma das maiores facções criminosas do Brasil, denominada Comando Vermelho Rogério Lemgruber, mais conhecido como Comando Vermelho e pelas siglas CV”.
“Infere-se dos autos que Mariana exercia o “cargo de líder” da referida organização, determinando a função de cada integrante da organização criminosa, realizando o recrutamento de novos integrantes facciosos bem como promovendo/ordenando meios de difusão do tráfico de drogas e/ou demais delitos”.
Para a magistrada, não resta dúvidas quanto a culpabilidade da presa. “Desponta em grau elevado”. “A ré mesmo proveniente de família de classe média, com todas oportunidades/regalias, optou pelo caminho do crime, integrando facção altamente perigosa (Comando Vermelho), com nítido descaso às autoridades, conforme se vê dos fatos constante dos autos e depoimento dado em juízo".
Destaca, momento seguinte, o destemor da ré, no alto de seus 25 anos de idade. "É preciso assinalar, neste ponto, por relevante, que a união de uma jovem de apenas vinte e cinco anos de idade com a segunda maior facção criminosa do Brasil e a mais poderosa da cidade do Rio de Janeiro/RJ, demonstra o grau de periculosidade da ré —, até mesmo porque torna-se uma pessoa totalmente destemida por associar-se em facção que tem como lema “Paz, Justiça e Liberdade”, na qual seus integrantes mantem relações comerciais (tráfico de drogas, comercialização ilegal de armas, prática de crimes contra o patrimônio, etc...) dentro e fora de presídios”.
