O ex-secretário da Casa Civil de Mato Grosso, Paulo Taques, acaba de deixar a sede do Centro de Custódia de Cuiabá, no bairro Carumbé, onde permanecia desde o dia 27 de setembro. O alvará de soltura, assinado pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbel, foi entregue por uma oficial da Justiça Federal que chegou ao local pouco depois das 20 horas, desta terça-feira (31). 

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Paulo Taques figurava como investigado por um esquema de interceptações telefônicas entre os anos de 2014 e 2015. Ele saiu próximo das 21 horas. A oficial de Justiça segue para cumprir os outros alvarás de soltura restantes. O ex-secretário de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, foi o primeiro liberado. Helen Lesco, esposa do coronel Lesco, deve ser a próxima.


Vídeo: Luís Vinícius/HiperNotícias

Na saída,  Taques preferiu não prestar declarações à imprensa e informou que irá se pronunciar em outro momento. Essa foi a segunda ordem de prisão revogada contra o advogado. Em agosto deste ano, ele já havia sido conduzido a unidade prisional por conta das investigações. 

Por meio de nota, divulgada na semana passada, o  advogado Paulo Taques reafirmou  que não cometeu crime de escuta ilegal tampouco ordenou que cometessem tal prática ilegal e declara que todos os esclarecimentos necessários serão prontamente prestados ao STJ”. 

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Paulo, de acordo com as declarações do cabo Gerson,  teria pago R$ 50 mil aos coronéis da PM, Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco, respectivamente ex-comandante geral da PM e ex-chefe da Casa Militar de Mato Grosso, para estruturar o esquema de interceptações telefônicas ilegais no Estado. Em declarações para à Polícia Civil, o policial militar asseverou que  ele tinha interesse na espionageam de adversários políticos. 

A decisão do ministro Mauro Campbel colocou em liberdade na data de hoje,  também o coronel Airton Benedito de Siqueira Júnior, do ex-secretário de Estado Rogers Eizandro Jarbas, do coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, do sargento João Ricardo Soler, do major PM Michel Ferronato e de Helen Christy Carvalho Dias Lesco (esposa de Lesco).

Os nomes foram presos em consequência da Operação Esdras. A referida operação foi desencadeada com base no depoimento prestado pelo tenente coronel da Policia Militar José Henrique Costa Soares, que detalhou à polícia um plano para afastar o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do caso.