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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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SÉTIMA VARA

Faleiros mantém prisões contra 7 acusados de roubos a bancos e marca audiência contra quadrilha luxuosa

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Faleiros mantém prisões contra 7 acusados de roubos a bancos e marca audiência contra quadrilha luxuosa
O magistrado Marcos Faleiros, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, manteve prisões preventivas decretadas contra sete acusados por roubos a bancos. A decisão, do dia 7 de novembro, marcou para o dia 18 de dezembro a audiência de instrução no caso iniciado pela “Operação Luxus”.
 
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O Ministério Público estima em mais de R$ 5 milhões o lucro da organização criminosa. Somente em dois dos assaltos, os membros da quadrilha subtraíram cerca de R$ 2 milhões, que foram 'investidos' em veículos (carros e motos) importados, lanchas, viagens e festas.
 
Foram mantidas as prisões de Juliender Batista Borges, Marcos Vinicius Fraga Soares, Robson Antonio da Silva Passos, Elvis Elismar de Arruda Figueiredo, Diego Silva Santos, Lubia Camilla Pinheiro Gorgete e Hian Vitor Oliveira Cavalcanti.
 
Na operação, a Vara do Crime Organizado da Capital e a Vara Criminal, além da Comarca de Poconé (104 km a Centro-Sul de Cuiabá), expediram 26 mandados de prisão preventiva contra 17 pessoas.
 
Os mandados de prisão foram decretados no âmbito dos inquéritos policiais dos assaltos ao Banco do Brasil, localizado na Avenida Pernambuco, bairro Morada da Serra II, em 13 de novembro de 2016 e do furto qualificado ao Banco do Brasil de Poconé, ocorrido no dia 05 de fevereiro de 2017.

Modus Operandi

Para entrar nos bancos da Capital e do interior, os bandidos faziam o levantamento de pontos vulneráveis da agência, escolhiam dias e horários com pouco movimento de pessoas nas ruas, como os finais de semana e feriados.

Eles promoviam a quebra da parede e o desligamento do alarme com uso de bloqueadores de sinal, desligavam câmeras e, assim, trabalhavam tranquilamente na abertura de caixas eletrônicos e dos cofres instalados dentro das agências, de onde retiravam grandes somas de valores.

Além da destruição das instalações físicas e grande prejuízo financeiro às instituições financeiras, a população também foi prejudicada com o fechamento das agências bancárias, que permaneceram com as portas trancadas por dias até o reparo dos danos prediais e o retorno dos serviços bancários aos moradores. Foi o caso da cidade de Poconé, num dos furtos registrados ao Banco do Brasil, ocorrido em 05 de fevereiro de 2017.

Liderança e membros

Segundo o Ministério Público, cada integrante exercia um papel dentro da organização criminosa, para o qual eram bem remunerados diante do lucro adquirido nos roubos e furtos. No topo da pirâmide Marcos Vinicius Fraga Soares, de 32 anos, conhecido como Pato. Apontado como chefe, ele já responde por crimes de estelionatos, ameaças, calúnia, lesão corporal, desobediência e perturbação da tranquilidade.

Também no primeiro escalão está Gilberto Silva Brasil, de 35 anos, que possui diversas passagens policiais (estelionato, ameaças, lesão corporal e injúria) e responde a processos como membro de outros grupos criminosos.

No segundo escalão da organização aparece Cleyton César Ferreira de Arruda, de 31 anos, responsável pela execução operacional, mantendo forte vínculo com Marcos Vinícius Fraga, inclusive com fotos nas redes sociais.

Com participação direta nos atos criminosos, fornecendo apoio à ação ilícita em Poconé, aparece Thassina Cristina de Oliveira, de 31 anos.

Outro preso, Junior Alves Vieira, de 30 anos, é apontado como um dos executores do roubo ao Banco do Brasil da Morada da Serra, em novembro de 2016. O suspeito fazia uso de tornozeleira eletrônica.
 
Os demais investigados são: Augusto Cesar Ribeiro Macaubas (Gordão), Jurandir Benedito da Silva (Jura), Diego Silva dos Santos, Hian Vitor Oliveira Cavalcante, Kaio da Silva Nunes Teixeira, Robson Antonio da Silva Passos, Elvis Elismar de Arruda Figueiredo, Julyender Batista Borges (Juju ou Gera), Emanuel da Silva Souza, Lubia Camilla Pinheiro Gorgete, Marcelo Alberto dos Santos e Dainey Aparecido da Costa (Playboy ou Dar).
 
Família
 

Tão grande é o vínculo entre os suspeitos, que eles se tratam por "família". A forma de tratamento é derivada de um time de futebol do bairro CPA, no qual se estabelece a maioria dos membros da organização criminosa.
 
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